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Em apoio a Bolsonaro, Havan suspende campanhas publicitárias na Rede Globo

Rompimento tem relação com as críticas exprimidas pelo presidente Jair Bolsonaro à emissora

JC Online
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Publicado em 07/11/2019 às 11:54
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Rompimento tem relação com as críticas exprimidas pelo presidente Jair Bolsonaro à emissora - FOTO: Foto: Divulgação
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A rede de lojas de departamento Havan informou nesta sexta-feira (7) que suspendeu campanhas publicitárias na Rede Globo. "Não compactuamos com o jornalismo ideológico e algumas programações da Rede Globo nacional e estamos sendo cobrados pela sociedade e nossos clientes”, diz nota oficial assinada por Luciano Hang, dono da empresa e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O texto afirma, ainda, que "enquanto esses programas prestarem um desserviço à nação e irem contra os valores da família brasileira, não voltaremos a anunciar", mas que a marca manterá as "propagandas nas afiliadas e jornais locais, que ainda informam a sociedade de forma mais isenta e conservadora".

A publicação não cita diretamente o nome de Bolsonaro, mas defende que “as eleições do ano passado mostraram que a grande maioria dos brasileiros quer mudança” e diz que a Globo faz “desserviço à nação” e é “contra os costumes da família brasileira”. Segundo o comunicado, estão suspensas as campanhas nos intervalos dos programas Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional, Jornal da Globo, Malhação e Caldeirão do Huck.

Luciano Hang

Hang é dono de 133 lojas no país e é declaradamente apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral, foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho por intimidar funcionários e ameaçar demiti-los caso o então deputado federal não fosse eleito Presidente da República. Ele foi multado pelo Tribunal Superior de Justiça por para anúncios para Bolsonaro durante a campanha.

Entenda o caso

No dia 29 de outubro, a reportagem do Jornal Nacional divulgou que um dos suspeitos da morte da vereadora do PSOL, em março de 2018, no Rio de Janeiro, se reuniu com outro no condomínio de Bolsonaro antes do crime. Segundo o porteiro, ao entrar, ele alegou que ia para a casa do presidente. Bolsonaro estava em Brasília no dia.

A reportagem ganhou repercussão nacional e a emissora recebeu diversas críticas de apoiadores do presidente, além de ofensas exprimidas por ele através de uma live no Facebook.

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