Em mais uma operação da Polícia Militar na favela São José Operário, zona oeste, onde uma jovem de 16 anos foi vítima de estupro coletivo no dia 21 de maio, foram apreendidos 220 quilos de maconha e dez motos roubadas, na tarde desta terça-feira (31). Em nota, a assessoria de imprensa da PM disse que "a incursão na localidade foi com o objetivo de oferecer maior sensação de segurança à população e combater crimes". Não houve prisões.
Entre os seis suspeitos de envolvimento no estupro da jovem que tiveram prisão temporária decretada está o chefe do tráfico da favela, Sérgio Luiz da Silva, conhecido como Da Russa. Responsável pela investigação, a delegada Cristiana Onorato Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), disse que o traficante "tem domínio do fato do que acontece no morro".
Há informações de que Da Russa estava nas imediações da casa onde a jovem foi violentada, chamada por moradores da favela de "abatedouro".
Outros traficantes estão sendo procurados na investigação do estupro. "É balela dizer que traficante não faz (estupro). Traficantes entram nas residências, pegam as meninas e estupram. As meninas não revelam o abuso por medo dos traficantes", disse a delegada em entrevista, na segunda-feira, 30.
Imagens da jovem desacordada e nua foram publicadas em redes sociais na terça-feira (24), e compartilhada nos dias seguintes. Um dos homens que participaram da gravação toca nas partes íntimas da adolescente.
A delegada da DCAV afirmou nesta segunda que o vídeo comprova o estupro coletivo e que a dúvida é saber quantos homens estão envolvidos no crime.
Dois suspeitos de envolvimento no crime estão presos e quatro são considerados foragidos. Nesta terça-feira, a Polícia Civil fez mais uma operação em busca dos envolvidos que tiveram prisão decretada, mas até o fim da tarde ninguém havia sido preso.