Governador reforça problemas financeiros do Estado: 'Meses de muita dureza'

Paulo Câmara reafirmar que crise econômica tem atingido o Estado
Franco Benites
Publicado em 11/05/2015 às 17:15
Paulo Câmara reafirmar que crise econômica tem atingido o Estado Foto: Governo do Estado


No governo estadual já é dada como certa a ideia de que as dificuldades financeiras de Pernambuco ficarão mais evidente com a divulgação, no final deste mês, do relatório de gestão fiscal referente ao primeiro quadrimestre do ano. Ciente de que não pode brigar com os números, o governador Paulo Câmara (PSB) vem recorrendo a um discurso preventivo no qual condiciona a falta de recursos do Estado à crise econômica nacional. Nesta segunda-feira, durante o lançamento do programa Chapéu de Palha da Mata Sul, na cidade de Catende, o socialista recorreu à estratégia mais uma vez. “Foram quatro meses de muita dureza, quatro meses em que as coisas não estão acontecendo do jeito que deveriam. A crise econômica é muito forte em todo o País. O desemprego chegou a todas as regiões”, disse.

Porém, o discurso do governador não foi tomado apenas de explicações. Como o Chapéu de Palha é fortemente ligado à imagem de Miguel Arraes, criador do programa, e a de Eduardo Campos, que retomou a ação em 2007, Paulo Câmara tratou de dar uma “boa notícia” aos moradores da Mata Sul e garantiu que o projeto será fortalecido independente da crise econômica. O socialista ainda prometeu diversificar a economia na região para que a mão de obra local não fique dependente da cultura canavieira. “O secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, está com a missão de trazer empresas para se instalarem aqui na Mata Sul”, falou.



Havia a expectativa que Paulo Câmara fizesse algum anúncio referente às obras prometidas na gestão Eduardo Campos para a Mata Sul. Mais uma vez, a crise econômica foi usada para explicar o atraso nos serviços. Das barragens previstas para a região, a que está em estágio mais avançado é a de Serro Azul com cerca de 80% das obras finalizadas. “Essas obras são financiadas em convênio com o governo federal e no segundo semestre de 2014 e no início deste ano houve uma desacelração no ritmo dos repassados. Os recursos não estão vindo no fluxo cnveniado e isso criou dificuldades”, explicou Thiago Norões.

O secretário de Desenvolvimento Econômico disse que o Estado tem acercado com suas responsabilidades no que diz respeito às barragens e que agora é preciso a contrapartida do governo federal. “Tivemos conversas na semana passada no Ministério da Integração Nacional. Hoje, enviamos Almir Cirilo, secretário-executivo de Recursos Hídricos, para Brasília para ver se há avanços nas conversas”, declarou.

Apesar da demora na construção das barragens, o governador garantiu que as cidades da Mata Sul não voltarão a ter problemas com enchentes como as verificadas em 2010 e 2011. “A garantia da prevenção contra catástrofes está feita”, disse.

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