Prefeito de Glória do Goitá diz que atentado tem motivação política

Manoel Teixeira, que assumiu a prefeitura há duas semanas, prometeu procurar a Polícia Federal
Paulo Veras
Publicado em 19/10/2015 às 5:00
Manoel Teixeira, que assumiu a prefeitura há duas semanas, prometeu procurar a Polícia Federal Foto: Foto: reprodução


Alvo de um atentado a tiros na noite do último sábado (17), o prefeito de Glória do Goitá (Mata Norte), Manoel Teixeira, diz ter certeza de que o caso tem motivação política e promete procurar a Polícia Federal, nesta segunda-feira (18), para contar detalhes do ocorrido, na esperança de que isso ajude as investigações. Teixeira é vice-prefeito do município e assumiu depois que a PF pediu o afastamento do titular Zenilto Miranda, que foi indiciado por lavagem de dinheiro e é investigado por fraude em licitação de transporte escolar na Operação Carona.

“Para mim, é 100% de certeza que é uma questão política. A pessoa não pode nem ter dúvida. É muita ganância. O povo é muito ganancioso pelo poder”, afirmou Manoel Teixeira. Ao JC, a assessoria da Polícia Civil confirmou que trabalha com a hipótese de motivação política para o atentado. O boletim de ocorrência foi registrado no mesmo dia e nesta segunda o delegado Sérgio Moreira deve instaurar o inquérito e começar a ouvir as testemunhas.

O prefeito foi alvo de disparos de arma de fogo por volta das 21h40 do sábado, quando cumprimentava um grupo de moradores que estava reunido em uma venda no bairro de Nova Glória, onde mora. Ele se dirigia para uma capela onde buscaria a mãe na missa. Segundo o relato do gestor, um homem magro se aproximou do grupo de sete pessoas a pé, sacou a arma e efetuou cerca de dez disparos. Manoel Teixeira se agachou e correu para dentro de um imóvel. Ninguém chegou a ser atingido pelos tiros.

O atirador teria fugido correndo, em direção ao final da rua. O gestor conta que conseguiu ver, de relance, o rosto do suspeito, mas que por ele estar de boné não conseguiu identificá-lo. Após o atentado, o prefeito passou a andar com uma escolta de seguranças pessoais. A polícia também se disponibilizou a atuar na segurança do gestor.

Desde 2013, Manoel Teixeira estava rompido politicamente com o prefeito Zenilto Miranda. Ao tomar posse, há duas semanas, ele demitiu todos os secretários municipais para nomear pessoas de sua confiança. Em seguida, solicitou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que abrisse uma auditoria especial para analisar as contas da prefeitura antes da sua gestão, afirmando que não havia encontrado dinheiro em caixa para pagar os servidores do município. O procedimento foi autorizado pelo conselheiro Marcos Loreto.

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