Paulo Câmara pede celeridade no processo de impeachment

Governador afirmou que País está parado esperando uma definição política para voltar a crescer
Mariana Araújo
Publicado em 17/03/2016 às 17:25
Governador afirmou que País está parado esperando uma definição política para voltar a crescer Foto: Foto: Wagner Ramos/SEI


O governador Paulo Câmara pediu celeridade no processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Até o final do ano passado, o gestor defendia a puração dos fatos que podiam levar ao impedimento da petista. Mas, para ele, agora a questão tomou ares políticos. As declaração foram dadas na manhã desta quinta (17), após evento de ampliação do museu Cais do Sertão. 

“Diante de tanta denúncia, diante de tanta coisa que tem que ser apurada, e coisas muito graves que foram colocadas em várias áreas por várias pessaoas, é fundanental ver esse processo agora de maneira política e apurando esses fatos novos. Os fatos vão além de pedalada, os fatos vão além daquela mera questão contábil, técnica que o TCU já julghou contrário, mas que a gente tinha dúvida se havia crime de responsabilidade naquele momento. O que a gente tem que ver agora é se esse conjunto de denúncias forem realmente comprovadas, há claramente indicação de crime de responsabilidade”, declarou o governador.

O governador pediu celeridade no processo de impechment. “É importante que haja celeridade nele para que as deciões comecem a acontecer, o Brasil está parado desde o ano passado. E economia não cresce, o desemprego aumenta, a inflação voltou. A falta de decisão levou a muita instabilidade. Acho que chegou o momento de se decidir no Congresso nacional, se há todas as condições de defesa das partes que estão sendo acusadas. E que esse processo de impeachment resulte numa decisão que seja a favor do Brasil e que possa contribuir pro Brasil voltar a funcioar, a crescer a gerar emprego”, disse.

Sobre a ida do ex-presidente Lula para o governo de Dilma, Paulo Cãmara afirmou que é “uma questão jurídica que está sendo levantada.” “É importante que os tribunais coloquem isso. O governo federal está buscando uma reação e está colocando o presidente Lula como ministro nessa reação. O momento é muito delicado, exige muita serenidade de todos nós. É importante e fundamental que esses processos e essas investigações continuem, mas é importante também que haja decisão. E eu vejo uma oportunidade importante agora com o início do processo de impeachment que haja uma decisão no âmbito desse processo e que também haja uma prioridade do STF em julgar as outras acusações que há no âmbito da sua competência”, completou. 

Já o prefeito Geraldo Julio, que também esteve no evento, afirmou que o impeachment reflete na insatisfação da população com o governo. "O povo brasileiro mostrou ontem em poucas horas uma forte indignação. O que o povo brasileiro espera é mudança, que o Brasil volte a viver um tempo de crescimento, de credibilidade, de confiança", disse. 

AÇÃO NO STF 

Sobre o pedido de suspensão da posse de Lula como ministro da Casa Civil, tanto Paulo quanto Geraldo afirmam que não foram consultados. A ação foi entregue no STF pelo deputado federal Julio Delgado (PSB-MG). "Foi uma posição de uma parte de uma parte da bancada, mas que foi referendada pelo presidente Carlos Siqueira. Eu não fui consultado como vice-presidente, eu estava no interior. Ela já existe. Acho que decisões desse porte deveriam ter uma discussão maior no âmbito do partido", disse Paulo Câmara.

"Não houve a discussão do tema, foi uma coisa feita com base na urgência. Me parece desnecessária essa ação que foi impetrada. A gente vai conversar. Não conheço o teor", afirmou Geraldo Julio. 

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