Pelo menos 200 pessoas se reuniram na noite desta segunda-feira (21) nas escadarias da Faculdade de Direito do Recife (FDR) em um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A ideia era rebater a ideia de que existe base jurídica para uma deposição da petista. Durante a manifestação, o processo que corre no Congresso foi classificado como um "golpe" e várias críticas foram feitas ao juiz federal Sérgio Moro, que está à frente das investigações da Operação Lava Jato.
"Hoje, infelizmente, o salvador da pátria é um magistrado, é um colega, que fere frontalmente as garantias constitucionais. E isso é visto como normalidade porque o que mais importa é colocar os 'canalhas' na cadeia", criticou o juiz do Trabalho, André Luiz Machado.
Para o professor Francisco Queiroz, diretor da FDR, o saneamento da classe política não pode servir de pretesto para se desestabilizar as instituições. "Ao invés de forças militares, artifícios jurídicos são usados para dar uma ideia de legalidade", reclamou.
O posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra o governo também foi vaiado sob gritos de "vergonha".
Políticos como o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) e as vereadores Marília Arraes (PT) e Isabella de Roldão (PDT) também estiveram no evento.