Fatos contra Dilma tornam difícil sua continuidade no governo, diz Paulo Câmara

Segundo ele, seu partido deverá sair 'unido' nesse processo 'em favor do Brasil'
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 22/03/2016 às 18:39
Segundo ele, seu partido deverá sair 'unido' nesse processo 'em favor do Brasil' Foto: Foto: Roberto Pereira/ SEI


Até então evitando se posicionar claramente sobre o impeachment, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), subiu o tom e afirmou nesta terça-feira (22), que os fatos contra a presidente Dilma Rousseff são "muito graves" e, se comprovados, tornam "muito difícil" a continuidade dela no governo.

Segundo ele, seu partido deverá sair "unido" nesse processo "em favor do Brasil". Paulo Câmara lembrou que, em dezembro, criticou a forma como o atual processo de impeachment de Dilma foi aberto. "Porque foi claramente um processo onde a chantagem foi colocada como primeira questão, independente da análise dos fatos", disse, em referência ao fato de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter deflagrado o impeachment em retaliação ao Palácio do Planalto.

"Hoje, não. Hoje tem muito mais fatos em relação ao que foi colocado. Não se trata só de pedaladas (fiscais - motivação jurídica do atual pedido) e sim de outros fatos. Fatos graves que precisam ser apurados, que precisam ser responsabilizados", disse o governador, sem comentar fatos específicos. Para Câmara, os fatos "são muito graves" e, se devidamente comprovados, "é uma situação muito difícil de se continuar do jeito que está".

O governador defendeu celeridade na conclusão do julgamento do impeachment. Ele disse que tomará junto com seu partido a "decisão em favor do Brasil". "O PSB sairá unido", disse, sinalizando que governadores e senadores, até então apresentando resistência sobre o assunto, poderão apoiar o impeachment. Na Câmara, o líder do PSB, Fernando Filho (PE), já anunciou que a bancada deverá votar unida a favor do impeachment.

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