Eleições

Geraldo Julio nega efeito da Operação Turbulência sobre campanha eleitoral

Prefeito afirmou que ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre um possível impacto

Edson Mota
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Edson Mota
Publicado em 28/06/2016 às 7:37
Foto: Roberto Pereira/Divulgação
Prefeito afirmou que ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre um possível impacto - FOTO: Foto: Roberto Pereira/Divulgação
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O prefeito Geraldo Julio (PSB) afirmou na segunda-feira (28) que nenhuma investigação de corrupção irá afetar sua campanha à reeleição este ano. A declaração foi dada durante ato de solenidade de apoio do PPS aos socialistas no Pina, Zona Sul do Recife. Questionado sobre o assunto, ele tergiversou e disse, de forma resumida, que ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre o impacto da Operação Turbulência (que apura uma suspeita de lavagem de dinheiro durante campanhas do PSB) na corrida eleitoral. "No momento, estou concentrado em dar atenção à minha administração. Não cabe a mim antecipá-la", afirmou.

Durante a solenidade, o prefeito adotou um discurso motivador junto aos novos aliados, fugindo até ao seu estilo. "Se existe um candidato que mais irá trabalhar durante a campanha eleitoral, este sou eu. Tenho a absoluta certeza de que vamos, sim, vencer as eleições este ano", declarou.

Além do prefeito recifense, o evento contou com a presença do presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP). Para Freire, um possível envolvimento do PSB na Operação Turbulência não é motivo para um estremecimento entre as duas siglas. "Tomamos a decisão de nos unirmos desde 2013, durante a pré-campanha de Eduardo Campos à Presidência da República. De lá para cá, não houve qualquer mudança de postura que justificasse uma quebra da aliança. A união continua", salientou.

A presidente estadual do PPS, Débora Albuquerque, também refutou a possibilidade de um abalo na relação entre os partidos. "O PPS não tem nenhum interesse de julgar os fatos antes de eles serem esclarecidos. Sobre ele, assim como o governador Paulo Câmara (PSB), não recai nada. Nunca vi algocontra eles, então tudo se encontra ainda no campo imaginário", defende."Muitos fatos ainda serão desvendados. Enquanto isso, manteremos nosso compromisso sem nenhuma dificuldade", completa Débora.

Tamanha confiança fez com que uma eventual fusão entre os partidos entrasse novamente em pauta — a possibilidade foi discutida entre as legendas no ano passado, mas não ganhou fôlego. "Se a fusão entre o PPS e o PSB fosse, de fato, oficializada, teríamos nos tornado um dos maiores partidos do País", discursou Roberto Freire.

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