Turbulência

SDS informa que não há prazo para liberação do corpo de Paulo César Morato

Segundo informações repassadas pela pasta, o corpo do empresário não foi procurado oficialmente pela família

Renata Monteiro
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Renata Monteiro
Publicado em 01/07/2016 às 1:06
Foto: Divulgação/PF
Segundo informações repassadas pela pasta, o corpo do empresário não foi procurado oficialmente pela família - FOTO: Foto: Divulgação/PF
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A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco informou, nessa quinta-feira (30), que ainda não há prazo para que o corpo do empresário Paulo César Morato, investigado na Operação Turbulência por envolvimento em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, seja liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML). O órgão afirmou, entretanto, que a partir desta sexta (1º), isso pode ocorrer a qualquer momento. Paulo Morato morreu após ingestão de chumbinho, veneno utilizado para matar ratos.

A investigação da Operação Turbulência teve início após a análise de movimentações financeiras de empresas envolvidas na aquisição da aeronave que transportava o ex-governador Eduardo Campos em seu acidente fatal, ocorrido em agosto de 2014. De acordo com a PF, empresas de fachada, em nomes de "laranjas", realizavam transações entre si e entre empresas fantasmas. O esquema teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.

ESPECIAL - O ADEUS A EDUARDO CAMPOS

De acordo com o gerente de comunicação da SDS, távio Toscano, três testes que deveriam ser realizados no corpo já foram concluídos: o histopatológico, o de DNA e o toxicológico, ficando pendentes apenas os resultados de outros cinco exames. “Algumas análises ainda estão em andamento, mas todas as coletas necessárias já foram feitas, então o corpo poderá ser liberado a partir de sexta, desde que a família reclame por ele”, afirmou. O gerente ainda informou que a SDS aguarda o resultado dos testes papiloscópico, químico, tanatoscópico e de local de morte, além da perícia das imagens. Os laudos remanescentes devem esclarecer, entre outros fatos, que substâncias existiam na garrafa de água encontrada no quarto de motel em que Morato foi encontrado morto.

Ainda conforme informações repassadas pela SDS, familiares de Paulo Morato ainda não procuraram oficialmente o IML para buscar informações acerca do sepultamento do empresário. Informações extraoficiais, entretanto, garantem que a ex-esposa de Morato esteve no local no dia seguinte à sua morte e, até o momento, não teria retornado.

A Funerária Morada da Luz, situada em Olinda, disse que amigos de Morato procuraram a empresa para fazer um orçamento dos procedimentos necessários para o enterro, mas não chegaram a fechar negócio. 

PRISÕES - Os empresários Apolo Santana Vieira (dono da empresa Bandeirantes Companhia Pneus), Arthur Roberto Lapa Rosal, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho (filho do ex-deputado socialista Luiz Piauhylino) e Eduardo Freire Bezerra Leite e foram alvos de mandados de prisão preventiva. Os dois primeiros foram detidos no Recife, Apolo Santana estava malhando em uma academia no momento da prisão. Os outros dois foram localizados quando desembarcavam em São Paulo e estão sendo trazidos de volta para o Recife.

Todos foram levados ao Centro de Triagem (Cotel), presídio do Grande Recife. Como perderam o prazo para apresentar diploma que comprova curso superior, todos estão em celas comuns e superlotadas. Todos têm recebido muita visita na prisão, o que fez a Secretaria de Ressocialização (Seres) criar um livro de registro para visitantes e ter um maior controle sobre quem entra e quem sai para ver os presos.

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