INVESTIGAÇÃO

MPF denuncia 18 envolvidos na Turbulência e pede abertura de novo inquérito

Entidade quer novo inquérito policial para aprofundar investigações a respeito dos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro nacional

JC Online
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Publicado em 03/08/2016 às 12:21
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Um mês e meio depois da deflagração da Operação Turbulência, em 21 de junho, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quarta-feira (3) denúncia contra 18 integrantes da organização criminosa suspeita de envolvimento em crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de superfaturamento em obras públicas e pagamento de propinas a agentes políticos e funcionários públicos.

A suspeita é de que o dinheiro ilícito tenha irrigado campanhas do PSB entre 2010 e 2016.

O caso teve início com as apurações sobre a propriedade da aeronave Cessna Citation PR-AFA, cuja queda provocou a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em 2014. As investigações levaram à deflagração da Operação Turbulência.

O MPF requereu ainda a instauração de novo inquérito policial para aprofundar as investigações a respeito dos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro nacional praticados pela organização criminosa, uma vez que ainda estão pendentes algumas diligências investigatórias para o esclarecimento total a respeito desses crimes.

Segundo o MPF-PE, os acusados de integrar a organização montaram estrutura que pode ser divida em quatro categorias: líderes (João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira), gerentes (Arthur Roberto Rosal, Severnia Divanci de Moura, Paulo Gustavo Cruz Sampaio e Paulo César Morato, falecido no dia seguinte à deflagração da Operação Turbulência), colaboradores (João Victor Sobral, Carlos Roberto de Macedo, Gilberto Pereira da Silva, Pedro Neves Vasconcelos, Carolina Vasconcelos e Sérgio André Mariz) e subordinados (Bruno Alexandre Moutinho, Carolina Gomes da Silva, Cledeilson Nogueira, Neusa Maria de Sousa, Silvânia Cristina Dantas e Vlamir Nogueira de Souza).

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Os líderes direcionavam as transações bancárias ilícitas com auxílio dos gerentes, utilizando as contas bancárias dos colaboradores. A gestão e a circulação dos recursos ilícitos eram operacionalizadas pelos subordinados. A ligação entre os líderes ficou evidente desde o início das investigações, pois os três tiveram participação no arrendamento da aeronave Cessna Citation PR-AFA.

Para o MPF, embora nem todos os denunciados soubessem do funcionamento total do esquema criminoso, todos tinham consciência e manifestaram vontade de participar da empreitada ilícita, assumindo os riscos pelo envolvimento na fraude. A pena para o crime de formação de organização criminosa pode chegar a oito anos de reclusão.

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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VEJA A DIVISÃO DA ESTRUTURA

Líderes: João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira;
Gerentes: Arthur Roberto Rosal, Severina Divanci de Moura, Paulo Gustavo Cruz Sampaio e Paulo César Morato, falecido no dia seguinte à deflagração da Operação Turbulência;
Colaboradores: João Victor Sobral, Carlos Roberto de Macedo, Gilberto Pereira da Silva, Pedro Neves Vasconcelos, Carolina Vasconcelos e Sérgio André Mariz;
Subordinados: Bruno Alexandre Moutinho, Carolina Gomes da Silva, Cledeilson Nogueira, Neusa Maria de Sousa, Silvânia Cristina Dantas e Vlamir Nogueira de Souza;

 

 

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