Investigado na Operação Turbulência, o PSB deverá ser alvo de todos os candidatos a prefeito do Recife neste ano que fazem oposição ao socialista Geraldo Julio, que tenta a reeleição. No entanto, o gestor avalia que o fato não deverá interferir na sua campanha eleitoral.
“O PSB é favorável a todo tipo de investigação e todo tipo de apuração. A direção nacional, por diversas vezes, por meio de nota oficial, já deixou isso claro. Não há nenhum processo desse que tenha sido julgado, tudo está em fase de investigação. O partido está à disposição dessa investigação colaborando para que tudo seja apurado”, declarou o prefeito em entrevista à Rádio Jornal, na tarde dessa sexta-feira (12), respondendo sobre a acusação de que o senador Fernando Bezerra Coelho teria recebido recursos ilícitos para as campanhas de Eduardo Campos à reeleição para o governo do Estado, em 2010, e para a presidência da República, em 2014.
“Isso é um processo de apuração, de levantamento de informações, de esclarecimento. Eu tenho certeza que ao final, quando tudo for esclarecido, quando todas as informações forem levantadas, a gente vai ver que a campanha de Eduardo não cometeu nenhum tipo de irregularidade e vai ficar comprovado que a campanha dele foi totalmente regular”, disse o prefeito em outro trecho da entrevista.
Eleito prefeito do Recife em 2012 pelas mãos de Eduardo Campos, Geraldo terá pela frente uma campanha sem o seu padrinho político. O prefeito afirmou que está preparado para o embate deste ano. “Esse é o desafio que a vida nos colocou. A presença de Eduardo era muito importante, inclusive na amizade que eu tive com ele. Viver agora o processo de reeleição, para mim, é extremamente natural. Eu acho que a gente tem muita coisa para mostrar. A gente conseguiu formar uma ampla frente política, inclusive mais forte do que a aquele que esteve com a gente em 2012. Claro que é um processo de amadurecimento nosso, eu estou disputando minha segunda eleição”, disse.
Geraldo Julio evitou rebater adversários que lhe fizeram críticas e também não quis dar uma nota para a sua gestão, como fizeram os demais, inclusive o governador Paulo Câmara (PSB). “Quem tem que avaliar é a população”, justificou.
O prefeito afirmou, ainda, que não irá entrar no debate pessoal e de ataques durante a campanha. “É normal que os canditados de oposição escolham o debate que querem fazer. Acho que a minha gestão é uma gestão muito transparente, que dialoga de uma maneira muito fácil com a população. Eu prefiro ficar no debate produtivo, naquele debate do que pode ser feito, do que é que pode ser resolvido. Se houver alguma provocação, se houver alguma ofensa, eu não vou participar desse tipo de discussão”, disse.