história das eleições

Briga entre Joões derrubou o PT no Estado

Rompimento entre João da Costa e João Paulo ocorreu no início da terceira gestão do PT

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 21/08/2016 às 7:02
Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
Os ex-prefeitos do Recife João Paulo e João da Costa - FOTO: Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
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O rompimento com o padrinho político, o ex-prefeito João Paulo, expôs a fragilidade que o PT passava naquele momento no Estado. A briga, que deixa marcas até hoje, nunca foi bem explicada. Nos bastidores, comenta-se que foi uma indiferença de João da Costa em relação ao antecessor na condução da gestão. O racha ajudou a expor ainda mais as disputas internas do partido. Na campanha de 2014 os dois tentaram uma reaproximação, com cumprimentos públicos.

As consequências, porém, foram devastadoras. O PT não conseguiu eleger nenhum deputado federal nas eleições de 2014. Também perdeu espaço na Assembleia Legislativa. E, nacionalmente, veio o desgaste com o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Para o senador Humberto Costa, a briga dos dois Joões foi a gota d’água na turbulenta relação interna do partido. “Sem dúvida que aquele episódio coroou todos esses problemas e dificuldades que a gente vinha tendo. Eu vejo aquilo ali como o resultado de um processo muito ruim que a gente estava vivendo aqui no Estado”, avalia.

JUSTIFICATIVA

Questionado sobre se o PT aprendeu a lição, João Paulo respondeu que “sim, a custas muito doloridas, mas aprendeu”. João da Costa nega que a briga tenha partido do seu lado. “Eu nunca rachei nem com João Paulo nem com o projeto político do PT. Quem saiu da prefeitura fazendo críticas a mim não fui eu. Então, quem tem que explicar o racha não sou eu. Quem saiu da gestão fazendo a críticas a minha conduta é que tem que explicar porque rompeu. Não eu, eu não rompi”, declara.

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