história das eleições

Turbulência política do PT refletiu na gestão de João da Costa

Prefeito enfrentou problemas na administração pública logo nos primeiros dias de mandato

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 21/08/2016 às 7:05
Foto: Edmar Melo/Acervo JC Imagem
Prefeito enfrentou problemas na administração pública logo nos primeiros dias de mandato - FOTO: Foto: Edmar Melo/Acervo JC Imagem
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Logo que assumiu, os problemas começaram a cair na mesa de João da Costa. Dois dias após a posse, venceu a prorrogação do contrato da coleta de lixo. Iniciou-se a briga de braço entre a prefeitura, a empresa contratada, que queria um reajuste para manter a coleta, e o Tribunal de Contas do Estado(TCE), que não aprovou a divisão da coleta feita pela gestão anterior. 

“Isso me trouxe um desgaste político muito grande, porque houve um problema real na coleta de lixo da cidade. A gente só foi resolver em julho de 2008, com a entrada da Vital Engenharia, que está até hoje”, avalia João da Costa.

A mobilidade sofreu com o crescimento econômico do País, quando mais carros foram para as ruas. Em 2010, uma chuva de 220 milímetros caiu no Recife enquanto o prefeito passava uma semana de férias na Espanha com a família. “Hoje eu vejo que quando há uma tempestade, diz que é obra da natureza, um fato comum. Na minha época, era culpa de João da Costa. Foi um fato que aconteceu e foi bem usado politicamente”, avalia o ex-prefeito. Teve, ainda, o período de três meses em que ficou afastado da prefeitura para se submeter um transplante de rim e o vice, Milton Coelho (PSB), assumiu o cargo.

Na última semana de gestão, veio a aprovação do Projeto Novo Recife, no Cais José Estelita. “Eu não posso ser visto só como quem defendeu institucionalmente, que permiti que o projeto fosse aprovado. Eu sempre tive uma posição na prefeitura que, muitas coisas que foram aprovadas, eu não concordava. Está na lei, um prefeito não pode fazer só aquilo que ele concorda ou que ele pensa”, argumenta.

OBRAS

João da Costa prefere lembrar-se da sua gestão pelas ações no lado social. Cita a construção de 3,6 mil unidades habitacionais, retirada de oito favelas de palafitas, obras do OP na periferia, e de mobilidade, como a duplicação do viaduto Capitão Temudo e a paralela da Avenida Mascarenhas de Morais, além da captação de recursos para a Via Mangue, obra que deixou cerca de 40% concluída. Na educação, o ex-prefeito acrescenta um projeto de educação infantil para a construção de 40 creches.

E reclama das cobranças que caíram sob suas costas. “Não foi fácil desapropriar a Tamarineira. Tinha um grupo político por trás de um projeto econômico poderoso. Esse crédito ninguém me dá. Só querem me dar o débito do Cais José Estelita”, alfineta.

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