Primeiro-secretário Nacional do PSB, o prefeito do Recife Geraldo Julio, candidato à reeleição, afirmou que processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que aconteceu na tarde desta quarta-feira (31), não interfere em nada na campanha municipal. Para o socialista, cujo partido apoiou o processo de deposição tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, a mudança será como trocar "seis por meia dúzia".
Após caminhada de campanha no bairro do Prado, na Zona Oeste, o prefeito comentou sobre o processo e pontuou que o agora presidente Michel Temer (PMDB) fez parte da coordenação política de Dilma, ano passado, e que também tem parcela na crise econômica do Brasil.
"Temer acabou de ser coordenador político do governo Dilma, então essa troca é muito seis por meia dúzia. O povo brasileiro quer esperança nova, quer economia crescendo, quer emprego, oportunidade e menos inflação para o País voltar a crescer", afirmou o prefeito.
Já o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) o dia de hoje é um marco na história política por ter se consumado um "golpe de Estado pela via parlamentar.
"Não procede a ideia de que pelo fato de todo o rito jurídico ter sido levado adiante e a própria presidente da República ter ido ao Senado se defender, isso legitima o golpe. Não legitima. Praticou-se o parlamentarismo em um regime presidencialista", afirmou Siqueira, que será vice na chapa de Geraldo.
Segundo ele, o processo vai corroborar para um aprofundamento da crise econômica no País. Ele aproveitou para defender o nome de Geraldo como opção na disputa. "Sinceramente, com todo o respeito aos demais candidatos, seria uma temeridade para o Recife mudar agora o prefeito. Porque esse é que demonstrou que tem qualidade para governar numa situação de crise política, econômica e financeira", defendeu.