Simone quer governar com assembleias populares

Passe livre nos ônibus para desempregados, que também teriam direito à tarifa zero de água e luz, e a consulta regular a assembleias populares para governar o Recife. As propostas são de Simone Fontana (PSTU), mais uma candidata à Prefeitura do Recife que participou nesta quarta-feira (7/9) da Sabatina promovida pela Rádio Jornal. Professora e sindicalista, ela alega que os demais candidatos, incluindo os mais cotados nas pesquisas, João Paulo (PT) e o atual prefeito Geraldo Julio (PSB), não são aliados dos trabalhadores. Simone defendeu também um aplicativo para táxis gerenciado pela própria prefeitura e o controle das drogas com distribuição feita pelo governo em ações de redução de danos.

“O que mais mata a juventude não é a droga em si. Não sou defensora de que as pessoas vivam se drogando, pois há outras formas de apreciar a vida e desenvolver seu potencial. Mas vemos poucos casos de morte por overdose, a maioria dos jovens morre por causa do tráfico de drogas”, observou. Sobre as tarifas zero para desempregados, argumentou que o trabalhador, nessa situação, é duplamente penalizado. “Não tem dinheiro para pagar e acaba se endividando” ou perdendo o acesso ao serviço público, explicou.

Sobre as assembleias populares, observou que seria o modelo mais democrático, que não exclui a Câmara de Vereadores. A diferença é que o legislativo passaria a trabalhar de acordo com os projetos eleitos pela população, as prioridades escolhidas para orçamento. “A Câmara é um balcão de negócios da burguesia, formado por donos de empresas de ônibus e construtoras. “Na comissão de Educação passamos dias definindo um plano que os vereadores desconsideraram para aprovar um projeto de Geraldo Julio”. Ela lembrou que há projetos caríssimos da atual gestão nas escolas municipais que nunca foram reivindicados por professores e até acabam atrapalhando as atividades.

Candidata do PSTU defende greve geral dos trabalhadores e diretas já para presidente e Congresso

No quesito educação, condenou o projeto escola sem partido, que tramita no Congresso Nacional, lembrando se tratar de mais uma tentativa de amordaçar os professores. “Educação é um ato político, é um absurdo não discutir política nas escolas”. Defende também uma saúde totalmente estatizada, sem a presença de terceirização.

A sindicalista também articua o Fora Temer e defende uma greve geral no País para forçar diretas já para presidente da República e novas eleições para deputados e senadores, excluindo os corruptos do pleito.