O evento “PE Desafiado” realizado pela Revista Algo Mais, em Boa Viagem, reúne na manhã desta segunda-feira (12) os quatro ministros pernambucanos: Raul Jungmann (Defesa), Fernando Filho (Minas e Energia), Bruno Araújo (Cidades) e Mendonça Filho (Educação). Na ocasião, os ministros concordaram que o destino do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) será selado ainda nesta segunda.
O ministro Fernando Filho, o primeiro a falar, disse que é possível devolver a Petrobras “em situação mais confortável”. O ministro ainda garantiu que os interesses de Pernambuco serão defendidos de forma “legítima e republicana”.
Mendonça Filho, ministro da Educação, avaliou que “não se chega sem traumas ao fim de um processo de impeachment”, mas que uma das missões do governo de Michel Temer é unir o Brasil.
Na classificação de Raul Jungmann, a gestão Temer é uma “transição” e que a missão é tirar a economia da letargia.
Na área da educação, Mendonça afirmou que apesar da “boataria”, todos os programas de êxito foram preservados e que pretende tocar a reforma do ensino médio nos próximos dois anos. Além disso, o ministro afirmou que muitas obras que estavam paradas no Estado estão sendo retomadas. “Formei o melhor corpo técnico do ministério nos últimos anos, sem falsa modéstia”, disse sobre a intenção em preservar dinheiro público.
Para Bruno Araújo o primeiro passo é recompor a credibilidade do Governo Federal. Além disso, o ministro das Cidades disse que a missão é salvar o programa “Minha Casa, Minha Vida” e que o governo Temer lançará um novo programa social, chamado “Cartão Reforma”. O ministro ainda afirmou que está sendo aportado R$1,6 milhão em obras habitacionais no Estado. “Vamos ampliar esse número”, disse.
Segundo Raul Jungmann, a representação pernambucana no ministério causa espanto nos outros Estados e disse que tem interesse em firmar parcerias tecnológicas com o Porto Digital. “O ministério da Defesa é o maior contratante individual de tecnologia e quase nada disso passa por Pernambuco”, afirmou. Além disso, o ministro da Defesa disse que está trabalhando de forma discreta sobre o Hub da Tam: “espero ter boas notícias”.
Os ministros não pouparam críticas às gestões do PT. Mendonça chegou a dizer que a herança deixada pelo partido foi um país “literalmente quebrado”: “não estou aqui para olhar pelo retrovisor”, afirmou. Já o ministro das Cidades, Bruno Araújo disse que o novo ministério encontrou uma “absoluta destruição da governança”.
O ministro de Minas e Energia afirmou que encontrou um setor “emaranhado”. “A situação da Eletrobras é pior do que a da Petrobras. O que fizeram com ela é sem precedentes”, disse Fernando Filho.