Envolvidos na disputa para a prefeitura do Recife, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) e o empresários Carlos Augusto Costa (PV) não creem que os últimos fatos envolvendo o ex-presidente Lula (PT) possam ter grandes reflexos na eleição municipal.
Ao participar de um debate ontem na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Edilson foi solidário à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chamou o governo Michel Temer (PMDB) de golpista, mas não fez nenhum defesa enfática de Lula. “Se o presidente Lula errou, ele precisa ser responsabilizado como qualquer brasileiro. Tenho firmeza em dizer que todo ilícito deve ser apurado com isenção, seja ele do PT, PSDB, DEM ou qualquer outro partido”, declarou.
O candidato do PSOL minimiza o “efeito Lula” na campanha local. “Pode haver um tipo de conexão em uma determinada faixa do eleitorado”, afirmou.
Para Carlos Augusto Costa, a operação coordenada pelo Ministério Público Federal (MPF) está indo no caminho correto. “A Lava Jato tem cumprido o seu papel e está passando o Brasil a limpo. Ela vai punir quem tiver responsabilidades e quem tiver feito alguma coisa que não é legal”, ponderou. Ele declarou que pouco mudará na eleição do Recife devido às notícias sobre Lula. “Vai ter impacto, mas não vejo impacto significativo”, opinou.
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