Marco de eleições, jingle perde força em 2016

Regras novas e menos dinheiro têm reduzido importância dos jingles nas eleições
Paulo Veras
Publicado em 28/09/2016 às 7:30
Regras novas e menos dinheiro têm reduzido importância dos jingles nas eleições Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Responsáveis por embalar caminhadas e comícios e dar o tom a campanhas vencedoras, os jingles eleitorais perderam força em 2016. Seja pela mudança nas regras eleitorais ou pela pulverização das campanhas, tem sido difícil encontrar músicas capazes de marcar época como “Retrato do velho”, “Varre, vassourinha” e “Levanta a mão” simbolizaram as eleições de Getúlio Vargas (1950), Jânio Quadros (1960) e Fernando Henrique Cardoso (1994).

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Para o compositor Lula Queiroga, no modelo de campanha atual deixou de ser necessário o candidato ter apenas um grande jingle simbólico. “A redução de tempo não deixou com que uma música de dois minutos, por exemplo, pudessem rolar no guia eleitoral. As campanhas também se pulverizaram, com as redes sociais”, lembra. “O tempo está muito disputado. Não tem comício, carro de som só pode botar baixinho. Mesmo assim, ficou caro para caramba. Tudo isso vai reduzindo a importância do jingle”, acrescenta o autor de dezenas de músicas eleitorais.

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