Oposição quer que Paulo Câmara corte número de secretarias

Governo Paulo Câmara tem hoje 22 secretarias estaduais
Paulo Veras
Publicado em 26/12/2016 às 19:15
Governo Paulo Câmara tem hoje 22 secretarias estaduais Foto: Foto: Roberto Soares/Alepe


No esteio do corte de secretarias anunciado pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), o líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Silvio Costa Filho (PRB), veio a público pedir ao governador Paulo Câmara (PSB) que reduza parte das 22 secretarias estaduais.

O líder da oposição também pede o corte no número de cargos comissionados e economia na contratação de consultorias pelo Estado. Silvio usa como exemplo os governos do Paraná (18 secretarias) e do Rio Grande do Sul (15 pastas).

Como exemplo, a oposição pede a extinção da Secretaria de Habitação (Sechab), criada por Paulo Câmara. A pasta teve um orçamento de R$ 2,38 milhões em 2016. Mas, segundo a oposição, R$ 2,18 milhões foram destinados ao pagamento com pessoal.

"Em 2016, a Secretaria destinou apenas R$ 28 mil para investimentos. A maior parte coube à Cehab (Companhia Estadual de Habitação). Se os investimentos são tocados pela Cehab, como em outros governos, qual a real necessidade da secretaria?", questiona Silvio Costa Filho.

"Nossa preocupação é evitar que as nossas conquistas continuem ficando para trás, como tem acontecido hoje. Por isso, peço que o governador encaminhe um projeto de lei para a Assembleia promovendo a redução do Estado e preservando as áreas essenciais para a população", argumenta o líder da oposição.

CORTES NO RECIFE

No Recife, Geraldo Julio reduziu de 24 para 15 o número de secretarias municipais para o segundo mandato. A prefeitura espera economizar R$ 81 milhões por ano com a economia gerada pelo enxugamento da máquina. O enxugamento era cobrado pelos adversários Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM) durante a campanha eleitoral.

Na Capital, também há a promessa de reduzir o número de comissionados e de secretarias-executivas. Os números, porém, não integram o projeto enviado à Câmara de Vereadores, que deve ser aprovado e seguir para a sanção do prefeito até a próxima quarta-feira (28).

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