O deputado estadual Joel da Harpa (PTN), que é ex-policial militar e atua como vice-líder da oposição ao governo Paulo Câmara (PSB), disse que a troca no comando da secretaria de Defesa Social (SDS) foi uma surpresa. O parlamentar criticou Angelo Gioia, que deixa a pasta, e disse que uma postura mais tranquila do novo secretário Antônio de Pádua.
"Vejo a mudança como positiva. O perfil de Gioia era muito truculento, perseguidor. Desde que entrou na secretaria, que vem aumentando essa turbulência entre a PM e as entidades representativas. Espero que o novo secretário tenha um perfil mais de negociador, de ouvir as associações e o sindicato da Polícia Civil", disse Joel da Harpa.
De acordo com Joel da Harpa, há uma expectativa que Antônio de Pádua também tenha uma relação melhor com os deputados estaduais. "Vamos esperar para que ele se disponha a conversar com a Assembleia", declarou.
Para Edilson Silva (PSOL), a troca veio em boa hora. "A gestão do Gioia foi sempre com a corda esticada e quem trabalha com a corda esticada está sempre muito perto do ponte de corte", disse.
O psolista destacou que espera para uma mudança na relação da SDS com as corporações. "Já me reuni com ele (o novo secretário) e tenho boa expectativa. Não é um 'estrangeiro', que é daqui, tem família no Recife, conhece os vícios, os problemas, a máquina e não vai começar do zero", argumentou.
O líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB), comentou a troca no comando da SDS e aproveitou para criticar Paulo Câmara.
"Tivemos, nos 30 meses do governo Paulo Câmara, um incremento na gestão dele de 45% de aumento da criminalidade. Este ano já são mais de 2.600 assassinatos. Entra secretário e sai secretário, mas se não tiver uma ação efetiva do governador e a reabertura do diálogo com os servidores da Segurança a violência infelizmente não vai parar de crescer", declarou.
Outra integrante da oposição, Teresa Leitão (PT) chamou atenção para a decisão do governador.
"Acho que esta parte está se tornando de muita rotatividade. Isso pode indicar uma grande incapacidade do governo em superar os graves problemas da Segurança Pública em Pernambuco", avaliou.
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