A Frente Popular pelo Brasil, movimento que reúne PT, PCdoB, PDT, movimentos sociais e entidades sindicais, programa um ato para o próximo dia 20 em todas as capitais do Brasil em defesa do ex-presidente Lula (PT). No Recife, o evento ocorrerá às 9h da manhã.
“O Parque 13 de Maio está sugerido como o local de concentração, mas isso ainda pode mudar”, informou o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro.
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, disse que a participação popular no ato é fundamental.
"Dia 20 vai ser um dia de vários atos nacionais em defesa da democracia e dos nosso direitos. Se fazem o que fazem com o presidente Lula sem prova, o que não vão fazer com o cidadão comum. Lula é a esperança de desfazer todos esses mal-feitos de Temer (PMDB) e seus aliados. Defender Lula não é defender a pessoa do Lula, o partido do Lula, é defender a democracia e as conquistas e direitos da classe trabalhadora. A orientação é ato em todas as capitais. É um ato democrático, com a participação dos dirigentes, dos movimentos sociais e dos partidos", informou.
Em São Paulo, o ato pró-Lula ocorrerá à tarde na Avenida Paulista, com concentração às 17h.
"A manifestação é em defesa da democracia, eleição sem Lula é fraude, eleição direta, fora Temer e contra o desmonte da legislação trabalhista e da Previdência", disse o presidente do PT em São Paulo, Luiz Marinho.
O ex-presidente Lula voltou a contestar a sentença do juiz Sergio Moro, que determinou sua condenação no caso do tríplex do Guarujá a nove anos e seis meses de prisão, e a se apresentar como candidato à presidência em 2018. Em um evento de posse da direção do Partido dos Trabalhadores (PT) de Diadema, em São Paulo, neste sábado (15), o petista reafirmou que a única prova que existe no processo é de sua inocência.
"Se o MP Ministério Público provar algum contrato, alguma assinatura, algum cheiro meu naquele apartamento, eu peço desculpas a vocês. Enquanto isso, vou continuar andando por esse País. Se vou ser candidato ou não, é outra história".
Segundo o petista, nas quase 280 páginas da sentença não há menção aos benefícios que ele teria recebido.
"Reconhece que o apartamento pelo qual estou sendo julgado não é meu." Ele ainda voltou a dizer que o julgamento é político e que Moro aceitou uma "mentira". "Eles não estão me julgando, mas as coisas que fizemos pelo País". E completou depois: "Tenho consciência tranquila de que ninguém que me processa é mais honesto do que eu." Lula disse à militância para contar com ele para "consertar" o Brasil. "Se vocês quiserem que esse País volte a crescer e a ser respeitado, eu sei como fazer. Se vocês (governo) não sabem, deixem de destruir esse País", afirmou o petista.
Durante todo o discurso, o ex-presidente fez críticas ao governo Michel Temer, lembrando o elevado número de desempregados do País e criticando mudanças, como as na lei do pré-sal. Além disso, ele exaltou as conquistas sociais e econômicas da gestão do PT.
"Sou presidente de todos, mas todos sabem que tenho lado e para quem vou governar", disse, referindo-se às classes econômicas mais baixas.
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