Geraldo Julio diz que contas da prefeitura estão sob controle

Balanço do 2º quadrimestre indicou que comprometimento da receita da prefeitura do Recife com gastos de pessoal permanece no limite de alerta
Luisa Farias
Publicado em 11/10/2017 às 6:50
Balanço do 2º quadrimestre indicou que comprometimento da receita da prefeitura do Recife com gastos de pessoal permanece no limite de alerta Foto: JC Imagem


Apesar do balanço do 2º quadrimestre da Prefeitura do Recife ter indicado que os gastos com a folha de pagamento permanecem no limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) garantiu ontem que as contas da gestão estão sob controle.

“Na realidade, esses indicadores acontecem por conta do desempenho das receitas. A crise econômica que o Brasil vive está tocando muito forte nas receitas de todos os governos estaduais e municipais e isso ocasiona que o comprometimento da despesa de pessoal chegue no limite de alerta, mas estamos fazendo esforço muito grande para enfrentar a crise e temos como meta manter as contas equilibradas”, disse o prefeito.

Questionado sobre o 13º dos servidores, Geraldo afirmou que está “trabalhando para que o décimo terceiro fique garantido e o pagamento de todas as folhas”. O comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com a Despesa Total com Pessoal está no limite de alerta desde o ano de 2015. Entre os meses de maio a agosto deste ano, ficou em 50,26%. No entanto, houve uma diminuição com relação ao 1º quadrimestre, que era de 50,47%.

Reajuste dos servidores

Os servidores da prefeitura realizaram uma série de mobilizações no meses de julho e agosto deste ano pleiteando um reajuste, com direito a velório simbólico de Geraldo Julio no cemitério de Santo Amaro. Após sete Mesas de Negociação Salarial e uma paralisação que durou 16 dias, os servidores restabeleceram as suas atividades com a promessa de reabertura do diálogo com a gestão. A prefeitura enviou um projeto de Lei para a Câmara dos Vereadores estabelecendo o reajuste do vale-refeição, que passou a ser de R$ 18 diários, e um abono salarial de R$ 300 para carga horária de 30 horas semanais e proporcional para as demais jornadas.

O reajuste de 2% ficou submetido ao comportamento da receita. Só seria concedido caso o comprometimento com a folha saísse do limite de alerta, ficando igual ou menor a 48,6%. Segundo Geraldo, ainda é cedo para discutir sobre a viabilidade de um reajuste para o próximo ano. “Não sabemos o que vai acontecer com a economia do País, não existe nenhuma projeção confiável”, contou.

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