Após vitória de Temer na CCJ, Paulo adota tom ameno e fala em estabilidade

Um dia após se declarar oposição a Temer, Paulo Câmara disse que Brasil precisa de estabilidade e seguir em frente
Paulo Veras
Publicado em 19/10/2017 às 7:00
Um dia após se declarar oposição a Temer, Paulo Câmara disse que Brasil precisa de estabilidade e seguir em frente Foto: Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem


Um dia após a declaração forte de que os filiados do PSB que apoiem o governo Michel Temer (PMDB) deveriam sair do partido, o governador Paulo Câmara (PSB) adotou um tom mais ameno e evitou polemizar ao comentar a vitória do presidente na votação da denúncia pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; onde o PSB articulou de última hora para garantir os quatro votos contra o peemedebista. Após receber uma bênção da Assembleia de Deus na noite dessa quarta-feira (18), Paulo Câmara afirmou que o mais importante é que o País retome a estabilidade.

“O partido já tomou uma posição em favor da apreciação da denúncia. Mas vamos aguardar o plenário decidir. E vamos respeitar a decisão do plenário. A gente também tem que respeitar as instituições, respeitar os seus membros. E seguir em frente”, afirmou o governador. “O Brasil precisa é de estabilidade. Vamos ver se resolvendo isso, da forma que for, a gente consegue seguir em frente e ter uma estabilidade maior. E uma geração de emprego e renda. Isso é o que a gente está precisando urgentemente”, explicou o socialista.

Questionado se conversaria com deputados aliados para orientar uma posição quando a denúncia for votada pelo plenário da Câmara, na próxima semana, Paulo Câmara evitou pedir qualquer definição para a bancada. “Cabe agora aos deputados analisarem o processo e deliberarem”, disse apenas.

Ministros na oposição

No próximo ano, Paulo deve ter no palanque de oposição os deputados pernambucanos que integram o ministério do governo Temer, entre eles o titular de Minas e Energia, Fernando Filho, que deve ser expulso do PSB no próximo dia 27 e cujo pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), trabalha para viabilizá-lo como opção para disputar o Palácio do Campo das Princesas. Um dia antes da votação da CCJ, o governador havia se colocado como oposição ao governo federal.

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