Os nomes que irão compor a chapa do grupo Pernambuco quer mudar, que inclui nomes do PTB, DEM, PSDB e PMDB, em oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), só serão definidos em março. De acordo com o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), é preciso definir os cenários políticos locais e nacionais.
O grupo, que reúne, ainda, os ministros Fernando Filho (sem partido) e Mendonça Filho (DEM), o deputado federal Bruno Araújo (PSDB), o senador Armando Monteiro (PTB) e os ex-governadores João Lyra Neto e Joaquim Francisco (ambos do PSDB), realiza um ato hoje, às 17h, na casa de festas Arcádia, no Paço Alfândega. São esperadas cerca de mil pessoas, entre lideranças comunitárias, sindicais e municipais. O PV também irá engrossar o grupo.
“Os nomes ficarão para março. É o período da definição das alianças estaduais, nacionais. Nomes, só em março. Agora é a hora de marcar posição, de começar um processo de unificação das forças de oposição, de começar a fazer um diagnóstico do Estado. Em março, com o quadro mais definido, nós vamos iniciar a discussão sobre nomes”, disse o senador Fernando Bezerra.
Segundo ele, outras reuniões semelhantes serão realizadas no interior do Estado entre os meses de janeiro e fevereiro.
“Será um grande encontro que vai reunir diferentes políticos, partidos, lideranças sindicais, empresariais, comunitárias de todas as regiões do Estado para que a gente possa dar o início daquilo que a gente considera a construção de uma grande frente política que apresentará, no próximo ano, uma alternativa para Pernambuco resgatar o seu protagonismo, a sua capacidade de investimento, recuperar os indicadores das mais diversas áreas, que é o que vem sendo cobrado, reclamado pelos diversos segmentos da nossa sociedade”, acrescentou Fernando Bezerra.
Em reserva, aliados do grupo falam na possibilidade de uma múltipla candidatura, já que o FBC trava uma disputa judicial pelo comando do diretório estadual com o vice-governador Raul Henry, atual presidente estadual da legenda. Na semana passada, o caso foi levado até o presidente Michel Temer por Raul e o deputado federal Jarbas Vasconcelos.
No evento, todos terão vez para fala. O ato deve começar com um pronunciamento dos ex-governadores João Lyra e Joaquim Francisco. Em seguida, falarão Fernando Filho, Bruno Araújo, Fernando Bezerra e Mendonça Filho. O senador Armando Monteiro Neto deverá encerrar o ato. O nome dele e de Fernando são colocados como os prioritários para a disputa pelo governo. O petebista teria sido escolhido para encerrar o ato por agrupar um maior número de partidos na sua espera política.
No último sábado, o PV-PE decidiu que também seguirá na oposição a Paulo Câmara. O partido queixa-se de um distanciamento do governo do Estado após o desmembramento do grupo com a Rede. “O PV foi perdendo o seu protagonismo. Esse é um momento de reflexão do Estado”, afirmou o presidente do PV-PE, Carlos Augusto Costa. O partido, afirma, deverá ter candidatura própria em 2018, com os nomes de Jacques Ribemboim e Gustavo Rosas. “Queremos eleger pelo menos um deputado federal e um estadual, vamos montar uma chapa competitiva. Estamos conversando com alguns parlamentares insatisfeitos com as suas legendas”, acrescentou Carlos Augusto. O presidente do PV-PE deverá fazer uma apresentação sobre a situação do Estado.