Quipapá: Empresas contrataram mais de R$ 300 milhões com poder público

O esquema criminoso no município de Quipapá era formado por nove empresas que mantinham contratos milionários, mas sem condições de oferecer os serviços
Editoria de Política
Publicado em 15/12/2017 às 12:11
O esquema criminoso no município de Quipapá era formado por nove empresas que mantinham contratos milionários, mas sem condições de oferecer os serviços Foto: Divulgação / MPPE


O esquema criminoso no município de Quipapá, investigado na Operação Gênesis, deflagrada nessa quinta-feira (15) pelo Ministério Público de Pernambuco, envolvia nove empresas que se praticavam um conluio para ganhar os procedimentos licitatórios junto a Prefeitura do município. De acordo com apurações preliminares, R$ 18 milhões já foram liquidados em contratos com essas empresas, que possuem contratos totalizando R$ 300 mil com pelo menos 50 prefeituras no estado. 

As investigações foram promovidas pelo MPPE e da Promotoria de justiça de Quipapá, em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco e a Controladoria Geral da União (CGU). O esquema criminoso é investigado pelos crimes de corrupção, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, organização criminosa e formação de cartel. 

Ainda não foram identificados os funcionários públicos envolvidos no esquema. "As autorias, as responsabilidades criminais serão devidamente coletadas e havendo uma necessidade de uma denúncia, todos eles serão indiciados", afirmou o promotor da GAECO, Frederico Magalhães. 

Empresas fantasma

Há indícios da existência de um grupo empresarial que mantinha contratos milionários com o município para fornecimento de serviços e execução de obras sem possuírem condições para tal. Uma das empresas envolvidas, a Menezes Locações, responsável pelo transporte escolar de Quipapá, mantém uma sede dentro de um assentamento dos sem-terra no município de Orocó, no sertão do estado.

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