Após horas de depoimento na sede da Polícia Federal, no bairro do Recife, Lula Cabral, prefeito do Cabo de Santo Agostinho, município da Região Metropolitana do Recife (RMR), foi conduzido por volta das 17h desta sexta-feira (19) para o presídio, após ser alvo, nesta manhã, de operação contra fraudes no instituto previdenciário.
O prefeito ficará detido no Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), de Abreu e Lima, no Grande Recife, onde responderá por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e crimes contra a ordem financeira. O mandado de prisão faz parte da Operação denominada "Abismo", da Polícia Federal (PF), que busca a desarticulação de uma empresa que cometia fraudes em institutos previdenciários em vários estados do País.
Em Pernambuco, 18 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão, sendo dois temporários e três preventivos, foram cumpridos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Polícia Federal, já que o caso segue sob segredo de justiça.
De acordo com a PF, as investigações da operação tiveram início em março deste ano e apontam que foram transferidos mais de R$ 90 milhões de reais do instituto previdenciário do Cabo, que antes se encontravam investidos em instituições sólidas, para fundos de investimento compostos por ativos “podres”. Isso significa que não tem lastro e com uma grande probabilidade de inadimplência futura. Este esquema coloca o risco de pagamento da aposentadoria dos servidores do município e há possibilidade de já estarem prejudicados com a ação.
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Prisão
O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Lula Cabral (PSB), foi preso em operação contra fraudes no instituto previdenciário, na manhã desta sexta-feira (19). O mandado de prisão faz parte da Operação denominada "Abismo", da Polícia Federal (PF), busca a desarticulação de uma empresa que cometia fraudes em institutos previdenciários em vários estados do País.
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região autorizou o sequestro e o bloqueio dos bens e valores depositados em contas bancárias no nome dos investigados.
Os suspeitos estão sendo indiciados por lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva. A pena desses crimes ultrapassa 30 anos de reclusão. Os presos foram levados para a sede da Polícia Federal, na área central do Recife, onde deverão prestaram depoimento e foram encaminhados para o sistema prisional.