Considerado uma sumidade no quesito fantasia, o cabeleireiro Almir da Paixão não esconde a veneração que tem pelos bailes. Responsável pela criação de mais de 300 vestimentas, começou a produzir peças para desfilar aos 14 anos. “Alguns nomes me inspiraram, como Evandro Castro Lima e Clóvis Bornay”, diz Almir, que deu seus primeiros passos na 2ª edição do Municipal, em 1962, com a fantasia Morte e vida de um caramujo. “Desde então, nunca perdi um concurso e, após 30 anos em atuação, ganhei o título de hors-concours”, conta.
Dono de uma habilidade ímpar para avaliar fantasias, não foram poucas as vezes em que Almir também já foi membro das comissões julgadoras. Em 2001, ele recebeu um prêmio especial no Municipal desfilando com uma roupa que fez um resgate da cultura pernambucana. Para fazer jus à categoria Originalidade, ele abusou dos produtos da terra, como palha, juta, folhas de coqueiro e de bananeira.
Leia Também
Assim como outros desfilantes, Almir gostaria de mais reconhecimento por parte das entidades governamentais. “Através das criações, enaltecemos o nosso Estado. Assim, é importante que nossas obras não caiam no esquecimento”, conclui Almir.