Semana passada, aqui na coluna, falei sobre mentoria, prática que ajuda a alavancar a vida profissional. Mas percebi que existem muitas dúvidas sobre esse assunto, especialmente sobre a diferença entre mentoria e coaching, outra prática bastante difundida no mundo corporativo.

Por isso, na coluna de hoje, vou esclarecer a diferença entre elas e explorar um pouco mais o mundo do coaching. Na mentoria, um profissional mais experiente e, geralmente, mais velho, passa conhecimentos práticos de determinado assunto para o seu mentorado. Funciona como um treinamento prático com quem já viveu e conhece bem os desafios de uma área. Já no coaching, a ideia é ajudar a pensar, apoiando a pessoa nas reflexões pessoais e profissionais. Através de técnicas, metodologias e ferramentas específicas do coaching, o coach – profissional habilitado a aplicar o coaching - provoca seu coachee – pessoa que passa pelo processo de coaching – a pensar e tirar suas próprias conclusões. Nesse caso, o coach não precisa ter mais experiência profissional ou de vida que o coachee, mas sim conhecer as técnicas de coaching para ajudar seu coachee a se desenvolver.

Também vale salientar que, num processo de mentoria, não existe um período determinado de conclusão, enquanto no coaching, o processo é definido e pode durar de 3 a 6 meses, em média. Além disso, o processo de mentoria é focado no profissional, enquanto o coaching pode influenciar o indivíduo como um todo, sem separar o lado profissional e o pessoal.

Em determinado momento da vida ou da carreira profissional, é natural sentir frustração, questionar as escolhas feitas e se desmotivar com a rotina, que se torna maçante e pouco desafiadora. Por isso, coaching e mentoria são tão procuradas por quem busca desenvolvimento humano. No coaching, através de sessões – geralmente semanais – é possível fazer uma auto reflexão, se autodesenvolver e buscar o autoconhecimento, gerando impacto na vida como um todo. O coaching promete potencializar seus pontos fortes e trabalhar seus pontos de melhoria, proporcionando mudanças duradouras e potencializando seus resultados.

É bem verdade que, nos últimos anos, houve uma proliferação da prática de coaching. Muita gente descobriu que fazer coaching pode ser vantajoso e auxiliar no desenvolvimento, o que é verdade. Mas muitos acabaram depositando nisso a responsabilidade de suas carreiras e sonhos e acabaram frustrados. Por isso, antes de procurar um coach é preciso alinhar as expectativas, entender o que, de fato, terá em troca e saber que é um processo que depende de dedicação e vontade.

A escolha de um bom profissional é essencial para o processo de coaching ter bons resultados. Para te ajudar nessa missão, aqui vão algumas dicas:

• O coach pode ser das mais diversas áreas. Existem aqueles focados em Finanças e em carreira. Temos coachs de relacionamentos pessoais e até fitness. Escolha aquele cujo objetivos estão alinhados ao que você busca.
• Procure conhecer seu futuro coach no detalhe. A formação é importante; verifique se ele tem formação como coach em instituições renomadas, entenda sua carreira e não esqueça de buscar referências. Nesses casos, a indicação de colegas que conhecem seu trabalho é importante para evitar decepções.
• Escolheu o coach? É hora de conhecê-lo. Marque uma primeira sessão para identificar se existe afinidade entre vocês. A partir de agora você terá um parceiro, uma pessoa que vai te ajudar nas decisões mais importantes de sua vida e te ajudar a crescer. Empatia é fundamental.

Se você acha que um processo de coaching vai te ajudar, siga em frente. Nunca é tarde para procurar ajuda e se desenvolver profissional e pessoalmente. Nesse caso, o coaching pode ser um aliado importante e te ajudar a crescer e ter mais qualidade de vida.