Carreiras e Mercado de Trabalho

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Por Bruno Cunha
DEDICAÇÃO

Evitando a armadilha da dedicação excessiva: como cultivar amor-próprio na carreira

Muitos profissionais, em sua busca por sucesso, caem na armadilha de dedicar-se excessivamente ao trabalho

Cadastrado por

BRUNO CUNHA

Publicado em 20/11/2023 às 5:00 | Atualizado em 21/11/2023 às 14:15
Dedicação total pode ser armadilha para atuação no mercado de trabalho - DIVULGAÇÃO

A autoestima e o autocuidado não são apenas fundamentais para a saúde mental e física, mas também para o sucesso e a satisfação profissional. Na era da hiperconectividade, onde as fronteiras entre vida pessoal e profissional estão cada vez mais difusas, cultivar o amor-próprio no contexto de carreira torna-se uma necessidade urgente.

Muitos profissionais, em sua busca por sucesso, caem na armadilha de dedicar-se excessivamente ao trabalho, priorizando as demandas da empresa em detrimento do próprio bem-estar. Pensando nisso, vamos explorar esse tipo de problema e fornecer estratégias para equilibrar a dedicação ao trabalho com o cuidado pessoal. Boa leitura!


Amor-próprio no trabalho

O amor-próprio no ambiente de trabalho não é uma expressão de egoísmo, mas sim um reconhecimento do valor inerente e uma manifestação de auto-respeito. É entender que sua saúde mental, emocional e física são tão importantes quanto o cumprimento de tarefas e prazos.

O amor-próprio no trabalho significa estabelecer limites saudáveis e saber dizer "não" quando necessário. Trata-se de avaliar a quantidade de tarefas que você pode assumir sem comprometer sua qualidade de vida, saúde e bem-estar.

Manifesta-se através de pequenas ações, como fazer pausas regulares para descansar e recarregar as energias, manter uma alimentação saudável mesmo em dias ocupados e garantir tempo suficiente para hobbies e atividades que proporcionam alegria e relaxamento fora do trabalho.
Além disso, o amor-próprio no trabalho envolve a defesa de suas próprias ideias e a busca de feedback construtivo para o desenvolvimento pessoal e profissional, sem permitir que críticas negativas afetem a autoestima. Trabalhar com amor-próprio é, portanto, encontrar o equilíbrio entre ser um colaborador dedicado e preservar o próprio bem-estar.

Riscos da dedicação excessiva

A dedicação excessiva ao trabalho pode parecer uma virtude, especialmente em culturas corporativas que celebram a "dedicação inabalável". No entanto, negligenciar suas próprias necessidades em favor das demandas da empresa pode levar a uma série de transtornos, incluindo sobre a sua saúde e bem-estar.
O estresse crônico é um desses problemas. Isso porque ele pode desencadear uma série de condições de saúde, incluindo doenças, problemas de sono e ansiedade. A exaustão, física e mental, é outra consequência, tornando difícil manter o mesmo nível de produtividade e criatividade no trabalho.

Além disso, a falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional pode levar a um sentimento de insatisfação geral, prejudicando as relações familiares, sociais e o tempo dedicado ao lazer e autocuidado.
O mais preocupante é que essa dedicação excessiva pode distorcer a percepção de que o
esforço desmedido é recompensado adequadamente, quando, na verdade, tal cenário tende a levar ao esgotamento e ao desgaste profissional. Desvalorizar o próprio tempo e esforço pode resultar em contentamento com menos do que merece, perpetuando um ciclo de autocuidado insuficiente.

Identificando a falta de amor-próprio na carreira

Identificar a falta de amor-próprio na carreira pode ser um desafio, especialmente em ambientes de trabalho que normalizam a sobrecarga. No entanto, existem sinais reveladores que podem indicar que você está negligenciando o autocuidado.

Um dos sinais mais comuns é o esgotamento ou "burnout". Se você está constantemente cansado, desmotivado, irritado e tem dificuldade para se concentrar, isso pode ser um indicativo de esgotamento profissional. Ignorar esses sinais e continuar trabalhando excessivamente pode levar a problemas mais sérios de saúde mental e física.

A insatisfação crônica com o trabalho, mesmo quando as metas são alcançadas, também pode indicar uma falta de amor-próprio na carreira. Se você está sempre sentindo que nunca é bom o suficiente, ou que o trabalho nunca está completo, isso pode ser um reflexo de um padrão de autocrítica excessiva.
Além disso, se você regularmente coloca as necessidades da empresa acima das suas próprias, sacrificando o sono, a alimentação saudável, o exercício físico e o tempo com familiares e amigos, isso é um forte indicador de que você está negligenciando o autocuidado com sua carreira.

Desenvolvendo amor-próprio na carreira

Desenvolver amor-próprio na carreira é um processo que envolve a adoção de práticas saudáveis e a reavaliação contínua das suas prioridades. Comece definindo limites claros: aprenda a dizer 'não' quando as demandas do trabalho ameaçarem o seu bem-estar.

Além disso, invista no seu crescimento pessoal e profissional: busque oportunidades de aprendizado, peça feedback construtivo e estabeleça metas alcançáveis. Por fim, cultive um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal: reserve um tempo para hobbies, relacionamentos e atividades que rejuvenesçam a mente e o corpo.


Conclusão para o sucesso profissional

A importância do amor-próprio na carreira não pode ser subestimada. É fundamental não apenas para o sucesso profissional, mas também para a saúde mental e física. Por isso, encorajamos todos os profissionais a refletirem sobre suas práticas de trabalho, a identificarem sinais de exaustão e a buscarem um equilíbrio mais saudável entre a dedicação ao trabalho e o autocuidado.

Se você sentir que precisa de orientação para navegar nessa jornada, e tomar decisões assertivas conte com um especialista em carreira para entender o que pode está acontecendo. Lembre-se: o cuidado consigo mesmo não é um sinal de fraqueza, mas uma demonstração de força e sabedoria. Então, dê o primeiro passo hoje e comece a cultivar o amor-próprio na sua carreira.

Bruno Cunha, Headhunter & Especialista em Carreira para profissionais (técnicos, gestores,
consultores, docentes, empreendedores e autônomos/liberais) que buscam recolocação, mudança de emprego, desenvolvimento profissional ou transição de área/carreira. Nos últimos 19 anos, desenvolveu métodos de diagnósticos profissionais capazes de identificar as necessidades individuais de centenas de profissionais.

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