Já há uma piada circulando entre parlamentares do Congresso: "melhor não pedirem a certidão de nascimento do ministro. Capaz de descobrirem que ele não se chama Carlos".
O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli foi anunciado no cargo como tendo um currículo invejável, com Pós-doutorado na Alemanha. Quando submetido à análise simples, descobriu-se que ele nunca fez o curso na Alemanha. Pior, descobriu-se que ele não tem doutorado na Argentina, como dizia ter. E pra completar, há suspeitas de que a tese de mestrado do ministro seria um plágio.
Nas redes sociais, já há memes do tipo: "como começar a semana com pós-doc e terminar bacharel".
Piadas à parte, o ministro pode perder o emprego. O Planalto já teria começado a conversar com outras pessoas para que alguém assuma o cargo no lugar dele. Consideram que Decotelli se inviabilizou. Mas ainda estão discutindo o assunto.
Por um lado, é satisfatório observar que a equipe do governo agora se rende ao óbvio como qualquer governo normal faz. Em outra época o ministro que mentiu no currículo apareceria dançando com um guarda-chuva e o presidente Bolsonaro diria que "se não agradou a imprensa é porque é bom".
Por outro lado, é preciso saber de Bolsonaro o que foi que aconteceu com o serviço particular de informação dele e com o outro, pago pelo contribuinte, que deveria investigar a vida pregressa de um candidato a esse cargo para não expor a República ao ridículo de desmentidos curriculares em sequência.
Sim, essa é uma das atribuições da Agência Brasileira de Inteligência.
Os investigadores da Abin dedicaram-se tanto a procurar conspirações contra Bolsonaro que não sabem nem mais checar currículo?