Ministro da Educação mentir no currículo é, sim, pior do que qualquer outro ministro. Todos devem ser punidos, mas quando o gestor de uma pasta responsável por atestar e liberar cursos, e seus certificados, pelo Brasil é quem comete as irregularidades, sua permanência é impossível. Chegou ao ponto de ser possível listar as mentiras de Carlos Alberto Decotelli em relação ao currículo:
-Ele disse que tem pós-doutorado na Alemanha; não tem
-Ele disse que tem doutorado na Argentina; não tem
-Ele disse que foi professor da FGV; A FGV disse que ele nunca foi professor ou pesquisador por lá
Isso, sem falar no mestrado que ele disse ter feito na própria FGV. A instituição confirma o título, mas disse que não pode atestar agora se a tese apresentada tem plágios, como já foi apontado, porque precisa fazer uma investigação interna.
É preciso ter todos esses títulos para ser ministro da Educação? De forma alguma. Mas é preciso ter um mínimo de conduta ética para ocupar uma posição como esta. E a conduta do ministro já ultrapassou os limites do absurdo.
O MEC continua precisando de um nome técnico, respeitado no meio e com bom currículo, para amenizar o desastre dos últimos ministros. O primeiro tinha a iniciativa de um bicho preguiça, o segundo era a caricatura perfeita do "cretino fundamental” de Nelson Rodrigues. O atual é um falsário em série.
O problema é encontrar bons nomes que aceitem trabalhar para esse governo, mesmo com Bolsonaro dando indicativos de que mudou e não quer mais confusão.