Cena Política

Vice de João Campos pode ser candidata na oposição por palanque para Ciro Gomes em Pernambuco

Candidatura de Isabella de Roldão na oposição ao PSB é possível juridicamente. Hipótese que poderia ser considerada improvável já está no radar de alguns socialistas e, claro, dos pedetistas.

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Igor Maciel

Publicado em 21/10/2021 às 15:53 | Atualizado em 21/10/2021 às 17:41
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O PDT está esperando uma definição do PSB com o PT para montar suas estratégias, mas não ficou parado e tem conversado sobre vários cenários.

Um deles é bem inusitado, mas possível juridicamente.

Isabella de Roldão (PDT), que hoje é vice-prefeita do Recife com João Campos, pode ser candidata em um palanque de oposição ao PSB.

Não faz muito tempo, Miguel Coelho (DEM) teve uma longa conversa com o deputado federal Wolney Queiroz, que preside o PDT no estado. Na época se cogitou uma aproximação, mas o bolsonarismo inviabilizava tudo.

Vale lembrar que, esta semana, Miguel começou a se descolar de Bolsonaro. O presidente esteve em Pernambuco, foi ao Sertão e o prefeito de Petrolina agendou uma viagem para outros municípios no mesmo dia.

Não é segredo para ninguém que o PDT precisa montar um palanque para Ciro Gomes em Pernambuco. Hoje no DEM (que está se transformando em União Brasil pela fusão com o PSL), Miguel tem menos dificuldade para incorporar Ciro ao palanque.

É que o DEM já tem parcerias com o PDT em outros estados brasileiros, inclusive na prefeitura de Salvador.

Pode não ser o candidato principal de Miguel, já que o União Brasil tem possível parceria com o PSDB para lançar uma chapa presidencial, mas o espaço estaria garantido.

Não é incomum um candidato a governador incorporar dois ou mais candidatos a presidente numa chapa, com os aliados.

Nesse caso, o PDT poderia assumir a vaga do Senado na chapa de oposição ao PSB, com Miguel na cabeça. O nome poderia ser o do deputado Wolney Queiroz, mas também pode ser o da vice-prefeita.

A lei eleitoral permite que a vice seja candidata a qualquer cargo sem se desincompatibilizar, desde que não assuma a prefeitura nos seis meses que antecedem a eleição.

Depois, se não for eleita, ela apenas continua no cargo.

Isso já está no radar dos socialistas e, claro, os pedetistas também trabalham com a possibilidade.

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