Um personagem dessa eleição, discretamente, foi o protagonista de um drible de corpo digno de Copa do Mundo. Eduardo da Fonte (PP) fez que ia, não foi e mudou a direção em seguida deixando todo mundo tonto ao redor dele.
O deputado elegeu a si próprio, elegeu o filho e ainda terminou a eleição ao lado da vencedora, Raquel Lyra (PSDB).
Há alguns meses, a conversa dentro do PSB é que não haveria votos para ajudar todos os aliados. Falava-se que só dois deputados da Frente Popular não precisariam de ajuda: Silvio Costa Filho (Republicanos) e Dudu da Fonte. O problema é que o segundo pretendia eleger também o filho, para o mesmo cargo de deputado federal. Os socialistas avisaram: “não temos como ajudar pra ele fazer dois”.
Da Fonte ensaiou então uma ida para o palanque de Marília Arraes (SD) e incentivou outros dois deputados da base, André de Paula (PSD) e Sebastião Oliveira (Avante), a fazerem o mesmo. Parecia que estavam indo todos juntos, num bloco fortalecido.
Quando os dois se mudaram e anunciaram apoio a Marília, Eduardo se voltou à Frente Popular novamente. E, dessa vez, havia espaço para ajudar. Uma parte da votação de Lula da Fonte (PP) veio dessa ajuda e do espaço que, agora, estava menos congestionado, com a saída de Sebastião e André.
Após o drible, Eduardo da Fonte resolveu que ainda precisava seguir em direção ao gol. Com a derrota de Danilo, observou o campo e apostou no caminho com Raquel Lyra. O resultado da partida foi o melhor possível para o deputado pernambucano. E com direito a baile.