Quando Simone Tebet (MDB) e Geraldo Alckmin (PSB) foram confirmados no ministério de Lula (PT), seus nomes tiveram um efeito estabilizador para o mercado.
Para muitos, tê-los no ambiente lulo-petista, que costuma desequilibrar a balança populismo x responsabilidade com certa avidez, era uma garantia, uma âncora, um freio.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), prometeu para março a apresentação do sistema de proteção fiscal que vai substituir o teto de gastos.
Há pressa em fazer essa mudança. O combinado com o Congresso era que isso fosse feito até agosto. Haddad acelerou o passo, promoveu reuniões com a equipe econômica para delimitar logo um texto a ser apresentado no Congresso.
Quem teve poder e voz nessas reuniões? Simone Tebet e Geraldo Alckmin.
O resultado desse texto, com a assinatura deles, dará uma dimensão do quanto o mercado estava correto ou não ao confiar neles como fiadores da responsabilidade lulista num terceiro governo.
Será o primeiro teste importante de Haddad também, para se entender onde termina o ministro petista e onde começa o ministro realista.
O realista é imprescindível. O petista, não.