Alguém precisa avisar ao presidente Lula que a melhor forma de defender a paz é evitando uma guerra. É preciso dizer isso porque o grande aliado dos petistas brasileiros, o ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, está ameaçando anexar a maior parte da Guiana.
No dia 3 de dezembro, a ditadura venezuelana fará um plebiscito para a população decidir pela ação militar ou não. É sério, pode acontecer uma guerra na América do Sul, em breve.
Essequibo
A região de Essequibo, alvo de Maduro, corresponde a cerca de 70% do território da Guiana e faz fronteira com o Brasil. A invasão tem muitos interessados, principalmente a China e a Rússia. Os dois países têm fortes relações com a Guiana e com a Venezuela.
Nesse território guianês há imensas reservas de Petróleo, exploradas pelos russo e chineses, mas muitas empresas americanas também estão por lá.
Todos os atores bélicos mais importantes do mundo atual se encontram no quintal do Brasil. Todos exploram as riquezas locais e serão afetados pela ação militar venezuelana.
Nó difícil
No caso dos Estados Unidos, a Guiana autoriza o governo de Biden a patrulhar as águas locais, por causa dos investimentos dos americanos por lá. Se for ameaçado e quiser resistir, o país pode pedir apoio dos EUA contra os venezuelanos.
Por outro lado, a China tem tantos investimentos no território guianês que os jornais locais só faltam publicar em mandarim.
No caso da Rússia, que também tem investimentos e interesse na Guiana, trata-se do maior parceiro militar do outro lado, de Nicolás Maduro. Putin fornece armas ao governo bolivariano num volume que recentemente rendeu questionamentos da Colômbia, por exemplo.
Risco 1
E o Itamaraty segue fingindo que nada está acontecendo "aqui ao lado". Para Lula deve ser mais confortável falar alto quando a guerra é do outro lado do mundo e não envolve seus amigos, mas o fato é que esse embrião de guerra em Essequibo tem potencial para escalar pelo caminho de uma exploração incontrolável da Amazônia.
Risco 2
E não estamos falando do papo bobo de que as grandes potências mundiais ambicionam roubar nossas árvores e animais. Esqueçam essa baboseira. Há minério e petróleo aos montes na Amazônia, as árvores e os animais só entram na equação porque estão em cima, “atrapalhando”.
As chances de um conflito naquela região deveriam preocupar muito o Brasil. Ao invés disso, por aqui a discussão é se o grupo terrorista Hamas, lá no Oriente Médio, é mesmo terrorista ou “libertário”.
O Brasil precisa tomar conta de seu quintal. A política externa brasileira anda mais capenga do que nunca, com um ministro das Relações Exteriores que parece perdido e um ex-ministro, Celso Amorim, que se mete em tudo e serve como escape ideológico para os petistas radicais.
Tal qual seus representados, Amorim anda falando bobagem sempre que pode.
Gente boa
Nunca é demais lembrar a atitude do primeiro-ministro do Reino Unido, Neville Chamberlain, quando participou de uma reunião com um certo chanceler alemão, em 1938, e voltou para casa dizendo que ninguém precisava se preocupar porque a Alemanha só ia anexar uma região da Tchecoslováquia e depois iria parar.
Chamberlain foi além e fez aos jornais uma declaração sobre o acordo com a Alemanha que se provou uma das mais ingênuas e tolas da história do mundo: “Eu acredito que ele é a paz em nosso tempo”.
Menos de um ano depois, o alemão “gente boa” com quem Chamberlain negociou invadiu a Polônia.
Era Hitler.