Absolvido nesta quinta (12) no Tribunal de Justiça do Distrito Federal da acusação de cobrar propina quando foi secretário de Transportes no DF, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM) retoma a briga para se tornar ministro de “Cavalão”, como há 40 anos ele trata o velho amigo Jair Bolsonaro, que se destacava no pentatlo militar. O presidente já utiliza “Pancrácio”, como ele chama Fraga (ex-atleta de arte marcial grega, “tataravô do MMA”), na articulação política junto ao Congresso.
Fraga chegou a ser convidado para o ministério, mas disse a Bolsonaro que preferia aguardar o fim do processo do qual ontem foi absolvido. Com a absolvição unânime no TJDF, Fraga, o “Pancrácio” voltou a sonhar com o cargo que mais lhe apetece: a Secretaria de Governo.
Fraga ligou imediatamente para contar a “Cavalão” que foi absolvido, mas sua ida ao Alvorada acabou abortada pela crise do coronavírus.
Levantamento exclusivo nacional realizado pelo Paraná Pesquisa para o site Diário do Poder e para esta coluna mostra que 36,2% da população acreditam que o Brasil estaria melhor se fosse governado por militares. São 32,7% os que acreditam que um governo militar seria pior, e para 24,4% tudo estaria igual; 6,7% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de 2% para mais ou menos.
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, há uma preferência maior (43,5%) por governo militar. No Nordeste, cai para 39% do total. A região Sudeste é a única onde a maioria acredita que o Brasil estaria pior sob governo militar: 35,8%. Mas para 31,9% seria melhor.
O quadro se inverte também entre formados no ensino superior: 40,2% condenam um governo militar, enquanto 30,1% sonham com isso. O Paraná Pesquisa entrevistou 2.010 pessoas em 162 municípios dos 26 estados e DF, entre 5 e 9 de março de 2020.
A convite de Braga Netto (Casa Civil), ministros militares do Planalto discutiram ontem (12) estratégias contra o coronavírus, para além das ações definidas pelo Ministério da Saúde. “A situação subiu de patamar”, disse um deles a esta coluna. De estratégia eles entendem.
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, foi dos primeiros da comitiva de Bolsonaro a Miami a testar para coronavírus, “por precaução”. Mesmo assintomático, preferiu ficar em casa.
Outro que também acompanhou Bolsonaro aos EUA, Ernesto Araújo (Relações Exteriores) esticou para a Washington, onde tinha vários compromissos, mas também achou mais prudente retornar a Brasília.
Casou forte impacto o levantamento nacional do Paraná Pesquisas, exclusivo para esta coluna, mostrando que apenas 51,2% dos brasileiros são contrários ao fechamento do Congresso. Mas para impressionantes 43,5%, deputado e senador não servem para nada.
Foi lamentável, sob todos os aspectos” Evaldo de Araujo, infectologista, criticando áudio viralizado do cirurgião Fábio Jatene antevendo uma catástrofe provocada pelo coronavírus
Ontem foi mais uma quinta-feira vazia na Câmara. A presidência da Casa divulgou que Rodrigo Maia estaria “recolhido”. Nada a ver com coronavírus, eles são folgados mesmo. Só trabalham terças e quartas.
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, e a cantora Vanessa da Mata estão a caminho do altar. Se conheceram no Leblon (RJ), apresentados por Fabiano Serfaty, e foi amor à primeira vista.
Cláudio Humberto assina coluna diária no Jornal do Commercio