Pró-Brasil já tem lista de opções
O melhor gasto público do presidente Jair Bolsonaro, em 18 meses de governo, foi de longe sua viagem à Arábia Saudita, onde recebeu promessa de investimentos de US$ 10 bilhões no Brasil. O ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, que coordena o programa Pró-Brasil, já tem pronto uma espécie de'cardápio' de oportunidades com descrição minuciosa de cada projeto. Todos os que manifestaram interesse em investir no País, como os sauditas, já sabem o que fazer.
'Peneira' para indicações
O presidente Jair Bolsonaro parece haver se preparado para a fase 'inevitável' de fazer acordos com partidos, inclusive do 'centrão', para consolidar uma base de apoio no Congresso. Já em maio de 2019, ele criou por decreto o Sistema Integrado de Nomeações e Consultas (Sinc), uma espécie de 'peneira eletrônica' que possibilita o controle e a análise de candidatos a cargos em comissão e funções de confiança.
As novas regras são rigorosas para dar segurança a quem nomeia o indicado.
Presidente do BNB por um dia, Alexandre Cabral não passou pelo Sinc, graças ao drible depois descoberto do padrinho Fernando Bezerra.
O Sinc é bem mais amplo que o sistema anterior. Agora, se quiser, o presidente tem acesso ao histórico político e até ideológico do indicado. O levantamento mostra se o candidato ao cargo foi investigado, se foi processado e condenado, até mesmo conexões pessoais e profissionais.
O sistema prevê também sabatina que avalia a qualificação técnica do indicado. A fase final é uma entrevista com o ministro ou chefe imediato.
Tudo organizado
Braga Netto se orgulha do trabalho de quatro técnicos da Casa Civil que deixam oportunidades de investimento no Brasil ao alcance de um clique.
Triplicou meta
Após o encontro com Mohammed bin Salman, Bolsonaro transformou em US$10 bilhões os US$3 bilhões negociados antes da viagem.
Muitos bilhões
Os cerca de R$50 bilhões sauditas representam o maior investimento obtido na História por presidente brasileiro em visita oficial ao exterior.
Ilustre vítima
O procurador geral da República Augusto Aras anda amargurado. Apesar do rigor técnico de suas decisões, viajou ao inferno quando o presidente Bolsonaro admitiu indicá-lo a vaga no Supremo Tribunal Federal.
Virou alvo a ser abatido. Até entrevistas concedidas de boa fé foram desvirtuadas de má fé, só para prejudicar.
Imunidade
Deputados e senadores não estão preocupados com fake news. O teor dos projetos em tramitação e declarações mostram que eles estão empenhados em uma solução que intimide críticos. Querem pintar e bordar sob aplausos.
Frase
'Ou a OMS trabalha sem o viés ideológico, ou a gente tá fora', Presidente Jair Bolsonaro, numa coletiva da grade, exige que a OMS 'deixe de ser organização política, até partidária'
Tara legisladora
Já são 101 os projetos de lei na Câmara sobre 'fake news', quase todos loucos flertando com 'limites' também à liberdade de imprensa. Só este ano foram 48 projetos, um recorde. Em todo o ano de 2019, foram 41.
Fake demais
No mesmo dia em que apresentou projeto para criar 'comitê' para dizer o que é ou não é fake news, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) virou alvo de denúncia de criar perfis fakes para espalhar... fake news.
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- Cinemateca, prometida à Regina Duarte, já não paga nem serviços de segurança
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- Escolha de Alexandre Cabral para o BNB foi de Fernando Bezerra, especialista em arrumar boquinhas para apadrinhados
- Bolsonaro parece haver se preparado para fazer acordos com o centrão. Em maio, criou uma "peneira eletrônica"
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