Para 46,4%, o Congresso Nacional é "ruim ou péssimo"

Outros 39,5% acham que a Câmara dos Deputados e o Senado têm trabalho "regular" e apenas 7,8% avalia o Congresso brasileiro como "bom ou ótimo"
JC
Publicado em 15/06/2020 às 7:17
O processo de votação será presencial e secreto, com 21 urnas eletrônicas distribuídas pelo Plenário e pelos salões Verde e Nobre, espaços que ficarão restritos aos parlamentares Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL


Para 46,4%, o Congresso é “ruim ou péssimo”

Levantamento exclusivo do instituto Orbis para o Diário do Poder e esta coluna revela que a maioria dos brasileiros não está satisfeita com a atuação do Poder Legislativo: para 46,4% o desempenho dos parlamentares brasileiros é “ruim ou péssima”. Outros 39,5% acham que a Câmara dos Deputados e o Senado têm trabalho “regular” e apenas 7,8% avalia o Congresso brasileiro como “bom ou ótimo”. Houve melhora em relação à avaliação em 22 de maio, quando 50,7% disseram que o desempenho do Congresso é “ruim ou péssimo”. Entre os homens, a rejeição ao trabalho do Legislativo é a maior: para 52,9% o desempenho é “ruim ou péssimo”. A região mais crítica ao desempenho da Câmara e do Senado é o Sul: 50% ruim ou péssimo. A melhor é o Norte com 42,8% ruim ou péssimo. O instituto Orbis realizou 4.032 entrevistas em todo o território nacional entre 3 e 5 de junho. A margem de erro é de 1,54%.

TSE pode requentar provas do STF

O iminente compartilhamento de provas do inquérito das fake news, do STF com o TSE, é visto por juristas como uma manobra para “requentar” provas obtidas no inquérito, considerado inconstitucional por muitos deles. Com o envio ao TSE, provas consideradas “imprestáveis” em outras instâncias podem impactar no processo de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão. O ministro relator Og Fernandes pediu opinião sobre compartilhamento de um ministro que é parte interessada: Alexandre de Moraes (STF).

Moraes agora integra o TSE, mas conduz inquérito de fake news no STF, mantendo sob sigilo as supostas provas que se pretende compartilhar. O STF foi chamado de tribunal de exceção pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge por abrir, conduzir e ainda julgar o inquérito.

CCJ?

Já que Rodrigo Maia, sem diploma universitário, é quem determina a inconstitucionalidade de uma medida provisória, para que a Câmara tem Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com 66 deputados?

Esperança

O Hospital da Asa Norte (Hran), de Brasília, que é público, inicia nesta segunda (15) um estudo científico promissor: a aplicação de plasma de pacientes curados de Covid em pacientes que estão tratando a doença.

Derrotas

Parece até coisa combinada: não há um só dia útil, de segunda a sexta, em que algum ministro ou mesmo o colegiado do Supremo Tribunal Federal (STF) deixe de impor alguma derrota ao governo Bolsonaro.

Seu dinheiro

Apesar da pandemia, senadores continuaram a gastança com o cotão parlamentar. Foram R$ 460 mil, dos quais R$ 51 mil serviram para fazer propaganda dos mandatos (“divulgação da atividade parlamentar”).

Frase

É ultrajante e ofensivo”, ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) sobre a fantasia de que as Forças Armadas promoveriam um “golpe”

Grana, sempre

ONGs e deputados de oposição defenderam, na semana passada, criar uma “lei do mar”, que define políticas de proteção etc., mas especialmente cria fundos, públicos e privados, a serem geridos pelo Conama, o “conselho nacional do Ministério do Meio Ambiente”.

Aí tem

A Federação das Operações Portuárias criticou o relator da MP 932, que cria o Sistema S Portuário, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), por não estabelecer diálogo. Segundo a Fenop, ele inseriu na gestão e treinamento de portuários entidades que nada tem a ver com o setor.

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