OPINIÃO

Ex-dirigentes dizem que a Qualicorp usou a OAB contra o plano de saúde dos servidores para dominar o mercado

Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 29/07/2020 às 7:16 | Atualizado em 29/07/2020 às 7:18
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Como presidente da OAB nacional, Marcus Vinícius Furtado Coelho ajuizou ação para anular decreto de Dilma que autorizava a operadora de servidores Geap a vender planos de saúde sem licitação e baratos - FOTO: Foto: Arquivo/Agência Brasil

Como presidente da OAB nacional, Marcus Vinícius Furtado Coelho ajuizou ação para anular decreto de Dilma que autorizava a operadora de servidores Geap a vender planos de saúde sem licitação e baratos. A liminar foi concedida em 2014 pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que até hoje não a liberou para julgamento de mérito, e beneficiou diretamente a Qualicorp, de Luiz Seripieri Júnior, preso por corrupção há 8 dias. Agora, a mesma Qualicorp patrocina o atual evento da OAB.  Não por coincidência, Furtado Coelho ingressou com a ação durante o recesso. É que só o presidente da OAB tem essa prerrogativa.

Para ex-dirigentes do Geap, a Qualicorp usou a OAB contra o plano de saúde dos servidores como parte da estratégia de dominar o mercado. A influência da Qualicorp na OAB é forte: sua marca foi exibida ao lado da imagem de ministros como Dias Toffoli (STF), nas redes sociais. Procurado para explicar suas relações com a Qualicorp e a liminar que a beneficiou, Furtado Coelho não atendeu nossas insistentes ligações.

Aluguel de sede luxuosa da Funai

Após assumir, em janeiro de 2019, a ministra Damares Alves (Mulher, Direitos Humanos etc) logo descobriu que a Funai em Brasília fica em prédio de luxo, com aluguel mensal de mais de R$1 milhão, incluindo o condomínio de R$211 mil, todo santo mês. Damares mandou a Funai procurar algo mais barato, até em respeito aos funcionários da ponta, onde estão os índios, que trabalham em condições precárias. Mas o Congresso tirou a Funai de Damares e tudo ficou como estava.

Aos pedaços

“Eu vi sede da Funai em casinha, caindo”, disse Damares duas semanas após sua posse como ministra. De lá para cá, nada mudou.

Viatura

Funcionários da Funai usam velhos veículos usados como “escritórios”. As sedes físicas, onde existem, não têm nada, nem ventilador.

Vantajoso? 

Por sua assessoria, a Funai garante que seu presidente, Marcelo Xavier, mandou fazer um estudo que indicou ser o aluguel “vantajoso”.

Pelo direito

Enquanto a Anvisa inventa o factoide de receita médica para remédio contra lombriga, pacientes de ELA, que não têm tempo a perder, estão à espera de que os beócios dessa agência autorizem a importação de medicamentos promissores contra a doença, que ainda é incurável.

Vírus

O presidente do STJ, João Otávio de Noronha, testou positivo para Covid-19, mas está bem, assintomático, em casa. A “fake news” de que ele teria dado entrada em hospital particular indignou o ministro, ontem.

Liberdade?

Espertamente, o presidente do STF, Dias Toffoli, repete a estratégia do colega censor, ao usar “fake news” e eventuais ameaças criminosas a ministros como pretextos para relativizar a liberdade de expressão.

Censura

Facebook, Twitter e Google, controladores das maiores redes sociais, censuraram a coletiva de um grupo de médicos sobre o covid porque não gostaram de opiniões expressadas. Também apagaram os vídeos.

Luz

Segundo o painel de acompanhamento do covid-19 do site dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, a média móvel do número total de mortes está caindo desde 25 de maio (944) no Brasil. E está caindo em ritmo acelerado desde 15 de julho (787). No dia 27 foram 371 óbitos.

Frase

"Vamos ter que morrer e nascer de novo para criar mais impostos". Deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão, sobre propostas de um novo tributo

 

 

 

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