Ministros se solidarizam à ministra Ana Arraes, insultada por um subalterno

Leia a opinião de Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
Publicado em 31/07/2020 às 7:24
A ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes Foto: Secom-TCU/Antonio Leal


Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) se solidarizaram à ministra Ana Arraes, insultada por servidor do ministério público junto à corte, mas não adotou qualquer medida tão dura quanto imediata.

Xingador investigado

O ministro Humberto Martins, corregedor nacional de Justiça, decidiu determinar que o ministro Aloysio Corrêa da Veiga (TST), corregedor-geral da Justiça do Trabalho, investigue o desembargador José Ernesto Manzi, presidente da Terceira Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, em Santa Catarina. É que, em sessão virtual de julgamento, ele interrompeu o voto da desembargadora Quézia de Araújo com grosseria: “Isso, faz essa carinha de filha da puta...”. O caso ganhou grande repercussão após o site Diário do Poder mostrar o vídeo em que o desembargador insulta a colega.

Martins fixou prazo de até 60 dias, que pode ser abreviado, para que o ministro Aloysio Corrêa da Veiga informe as providências adotadas. Não se sabe ao certo por que o desembargador Manzi decidiu ofender a colega de TRT-12, mas o corregedor quer tudo em pratos limpos. Na quarta, a ministra Ana Arraes, do TCU, também foi desrespeitada grosseiramente em pelo julgamento virtual, por um subalterno.

Líder critica cúpula da OAB

Presidente da OAB-BA por duas vezes, o advogado Saul Quadros está entre os indignados com o episódio do patrocínio da Qualicorp no 1º Congresso Digital Covid-19, da OAB nacional. Ele apoiou “inteiramente” as duras críticas do ex-presidente Reginaldo de Castro às relações da empresa com a entidade e o comportamento de sua cúpula, expondo magistrados e demais convidados à logomarca da empresa de plano de saúde cujo fundador foi preso por corrupção.

O ex-presidente Marcus Vinícius Furtado Coelho, apontado como “eminência parda” da OAB, foi comparado por Castro a Richelieu. Saul Quadros afirmou que, com a comparação, Richelieu “deve estar se tremendo de raiva na sepultura”.  Para o líder da advocacia baiana, a comparação é ruim para Richeliou, que classifica de “inteligente, culto e arguto primeiro ministro francês”.

Militante

Ativistas de toga criaram entidade de juízes “pela democracia”, mas só chamam políticos do PT para seus eventos. Cinco deles atacam o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, por impedir que juízes se tornem militantes políticos. Deveriam se envergonhar.

Combate

Os gastos do setor público no combate à pandemia podem resultar em um déficit de R$812 bilhões neste ano, diz o secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, na Câmara. Equivale a 11,3% do PIB.

Ter calma

Agosto começa neste sábado e nenhuma das previsões apocalípticas sobre o coronavírus se confirmaram. Alguns cientistas, jornalistas de funerária, celebridades e “especialistas em infectologia” do Facebook calculavam mais de um milhão de mortos por covid. Total real: 89 mil.

Natimorta

Caroline de Toni (PSL-SC) propôs lei para destinar recursos dos fundos eleitoral e partidário para o combate a emergências. Seriam quase R$2,5 bilhões. Sem chances. Os colegas dela só pensam naquilo.

Emprego bão

Após denúncia da Federação dos Petroleiros de que os nove diretores da Petrobras vão receber R$43,3 milhões este ano, a estatal diz que a “remuneração fixa” não mudou, só a “global”. Insiste que segue regras e que a remuneração cresceu porque o lucro da Petrobras cresceu.

Não é fake

Ao citar o artigo 5º da Constituição, a Federação Nacional dos Policiais Federais defendeu a liberdade de pensamento, após notícias de que a CGU quer punir servidores por opiniões expressadas nas redes sociais.

Prender bandido

As forças federais enviadas pelo governo Trump a Portland, “capital mundial do politicamente correto”, prenderam mais de 100 pessoas que promoviam crimes, além de tentarem invadir a sede da Justiça Federal.

Frase

"Precisamos de continuidade na agenda de reformas", Waldery Rodrigues Júnior, secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia

 

 

 

 

 

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