Levantamento encomendado pelo site Diário do Poder e esta coluna ao Paraná Pesquisa revela que é ampla a maioria contrária ao aborto, no Brasil: 79% dos mais de 2 mil entrevistados pelo instituto disseram ser contrários à legalização do aborto em qualquer situação, e apenas 16,6% favoráveis. Outros 4,4% não sabem ou preferiram não responder. A maior rejeição está na faixa etária de 60 anos ou mais: 83,2% contra. Entre as mulheres, 75,8% são contra legalizar o aborto em qualquer situação, mas entre os homens a taxa pula para 82,6%. Entre jovens de 16 a 24 anos, 21,7% são favor da legalização do aborto. Já na faixa etária de mais de 60 anos, a taxa despenca para 12,3%. A taxa de pessoas contrárias cai à medida que a taxa de escolaridade avança: ensino fundamental (82,7%), médio (79,3%), superior (73,1%). O Paraná Pesquisa entrevistou 2.080 habitantes de 238 municípios dos 26 estados e DF, entre 16 e 19 de janeiro de 2021.
Para apoiadores de Simone Tebet (MDB-MS), candidata a presidente do Senado, a expressão “traíra” serve bem ao atual ocupante do cargo, Davi Alcolumbre. Ele chegou a reconhecer, em candentes declarações, que devia à senadora sua vitória contra Renan Calheiros (MDB-AL) em 2019. De fato, Tebet se lançou candidata avulsa a presidente, tirando votos de Calheiros, mas, instantes antes da votação, já no plenário, retirou sua postulação para declarar voto e sacramentar a vitória de Alcolumbre. “Você está gigante”, derramou-se Alcolumbre, grato a Tebet logo após sua vitória. “O Brasil te respeita pela luta e pela coragem que você teve”. “Vamos fazer a mudança de que o Senado e o Brasil precisam”, jurou Alcolumbre, dirigindose à senadora que ignorou na própria sucessão. Simone se expôs, enfrentando Calheiros e viabilizando a vitória de Davi Alcolumbre, e quase sofreu processo de expulsão do MDB.
Chama menos atenção a disputa para presidente do Senado, mas há quatro candidatos na disputa: Rodrigo Pacheco (DEMMG), Simone Tebet (MDBMS), Major Olímpio (PSLSP) e Jorge Kajuru (Cid-GO).
A ordem do presidente Jair Bolsonaro é tentar antecipar a entrega das vacinas, tanto Oxford/ Astrazeneca quanto Coronavac. Ele quer ver o Brasil disputando a liderança dos países que mais vacinam.
Apesar do apoio de líderes de partidos a candidatos a presidente da Câmara, o voto secreto é que importa. Apoio de partidos geram notícias, mas voto na urna depende apenas da vontade de cada deputado federal.
A semana começa com a expectativa da nova lorota para desqualificar o início da vacinação no Brasil. Na semana passada foi a mentira de “problemas diplomáticos” com China e Índia, desmoralizada pelos fatos.
O deputado José Medeiros (Pode-MT) criticou Marcelo Freixo (Psol-RJ), que provou do próprio veneno e resolveu processar o ator Mario Gomes. “Tentam calar os oponentes com a mordaça do judiciário”, disse Medeiros, solidário ao ator que disse poucas e boas sobre o carioca.
Dos três ministros que receberam no aeroporto de Guarulhos as vacinas enviadas pela Índia, Fábio Faria era de longe o mais emocionado. Cada vez mais, Bolsonaro coloca suas fichas no ministro das Comunicações.
“É lamentável”- Deputada Luiza Erundina, candidata do Psol a presidente da Câmara, sobre a negociação do seu partido por cargos, na eleição da Mesa.