Cláudio Humberto
Publicado em 29/01/2021 às 8:03
O Senado ferve em negociações de uma reviravolta na eleição para sua presidência, na próxima segunda-feira (1º). Senadores de vários partidos alegam que o sucessor de Davi Alcolumbre (DEM-AP) não deve ser escolhido entre candidatos, o que sempre deixa sequelas políticas. A ideia é buscar um nome de consenso dos senadores, resgatando uma tradição da Casa observada na eleição ao menos de 9 ex-presidentes, de Humberto Lucena em 1987 a Garibaldi Alves Filho em 2007.
A opção ao consenso seria outro nome do MDB com trânsito em diversos partidos, em um “tudo ou nada” contra Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Rodrigo Pacheco alega dificuldades de abrir mão da candidatura, a mais forte, mas sinaliza disposição para conversar, fazer política.
Reapareceu esta semana a “comissão externa do coronavírus” da Câmara, que só discutiu o auxílio emergencial após o benefício ter sido pago. Agora se reunirá para “discutir a pandemia no Amazonas”.
Com reduzidas chances de vitória, a senadora Simone Tebet (MS) não aceita a negociação. Ameaça candidatura avulsa e desfiliação ao MDB.
Apesar do apoio ao candidato Baleia Rossi (MDB), que prometeu a apoiadores de esquerda impedir as privatizações, o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), defende a união entre o governo e o Congresso “para agilizar as privatizações em nosso país”.
Acabou no último domingo o prazo para Tebet se viabilizar como candidata. Já na segunda, o MDB aderiu à busca do candidato de consenso.
A direção da Câmara comunicou aos funcionários que, apesar de a eleição para presidente ser presencial, serviços de alimentação e o acesso de visitantes estão suspensos. Comida só fora do Congresso.
"É o sentimento geral” - Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, sobre o favoritismo de Arthur Lira na Câmara.
Os filhotes tupiniquins de Joe Biden estão inconsoláveis: a secretária de imprensa da Casa Branca afirmou que o Brasil será um dos principais parceiros dos EUA nas negociações sobre o clima.
Após muito se falar, sobre leite condensado e outros alimentos, levantamento do Painel de Compras do governo revela que os gastos com alimentos, incluindo com o leite condensado, caíram mais de 25% entre 2019 e 2020.