OPINIÃO

Privatização dos Correios é tão necessária quanto urgente

Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 25/02/2021 às 7:45
NE10
Ministro Fábio Faria (Comunicações) deflagrou o processo de privatização dos Correios nessa quarta-feira (24) levando o projeto de lei ao Congresso - FOTO: NE10

Correios e seu passivo de R$14 bilhões já vão tarde

A privatização da estatal Correios é tão necessária quanto urgente, e por essa razão o ministro Fábio Faria (Comunicações) deflagrou o processo nesta quarta-feira (24) levando o projeto de lei ao Congresso. Em um primeiro momento, o governo propõe o fim do monopólio, no qual essa estatal se refestelou atribuindo-se penduricalhos, regalias e privilégios que custaram muito dinheiro e produziram um passivo de R$14 bilhões. Após o fim do monopólio e com a abertura do mercado a empresas privadas, a privatização, por meio de leilão, será o passo seguinte. Nem mesmo os atuais empregados dos Correios negam que o serviço está longe do seu auge e veem a privatização como "inevitável". O pagador de impostos paga 80% dos R$2 bilhões e 34 milhões anuais dos benefícios de assistência (planos) de saúde dos funcionários. Nos Correios, só o passivo atuarial (valor necessário para pagar todos os benefícios aos assistidos) soma R$3,5 bilhões.

PEC da Impunidade é reação

Ao forçar a mão para prender o deputado que criticou grosseiramente seus ministros, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou "empurrando" a Câmara a alterar a Constituição para reafirmar que todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que outros, como deputados e senadores. Votaram contra o deputado Daniel Siqueira (PSL-RJ), até porque não gostam dos seus modos e do jeito rude de relacionar-se na Câmara, mas acham que o STF ofendeu a "inviolabilidade do mandato". A PEC veda decisão monocrática do STF para prender parlamentares, tão ao gosto de Alexandre de Moraes. Só o plenário terá esse poder. Assim como percebeu que a Câmara queria punir o deputado do PSL e não impediu, Arthur Lira não criou obstáculos à PEC da "impunidade". A decisão protege, inclusive, parlamentares que tenham cometido crimes graves, como corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha etc.

Sobreviver

O Partido da Causa Operária, de esquerda, vende em sua virtual Loja do PCO, a linha "150 anos Lenin", de camisetas, canecas, copos, bolsas etc. Empreendedorismo capitalista financiando... o comunismo.

Tucanando

O governador de São Paulo, João Doria, tucanou o toque de recolher. Chamou de "toque de restrições" a medida antecipada nesta coluna. Já o governo de Pernambuco chamou o toque de recolher pelo nome mesmo.

Parceria PT/MDB

A Procuradoria-Geral denunciou o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Cunha (MDB-RJ) por receberem quase R$30 milhões em propina da Odebrecht para reverter o do leilão da hidrelétrica de Jirau.

Invasão

A justiça de Minas aumentou de R$2 mil para R$ 5 mil a indenização que o Estado deve a um casal, alvo indevido de operação policial, em 2014. A polícia invadiu a casa errada, xingou e manteve rendido o casal na "batida" que não teve sucesso. Só depois foi apresentado o mandado.

Menos um

A eleição de Davi Alcolumbre para presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado livra o presidente Jair Bolsonaro de mais um mala insistindo para virar ministro.

Diretriz

O governo Joe Biden abriu uma nova prisão para crianças que entraram ilegalmente nos EUA com suas famílias, mas jornalistas de lá e de cá chamam isso de "instalação temporária para crianças migrantes". Na época de Trump, eram "jaulas" e até mesmo "campos de concentração".

Arbitrária

O relator da PEC da Vacina, Pedro Westphalen (PP-RS), lamentou a "atitude arbitrária" do STF de fixar prazo de 72 horas para que a Anvisa examine processos de 20 ou 30 mil páginas para uso de imunizantes.

Frase

Não aceitaremos abusos do Judiciário"

Deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, em defesa da PEC da Im(p)unidade

Bem lembrado

Ex-bolsonarista, o deputado Kim Kataguiri lembrou que o presidente entregou ao Congresso uma lista das prioridades do governo: "Lá não havia nem PEC da Segunda Instância e nem Fim do Foro Privilegiado".

 


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