O Brasil tornou-se o 9º país a mais vacinar seus habitantes, após superar a Itália no último fim de semana. Já foram aplicadas 2,12 milhões de doses da vacina desde 17 de janeiro, segundo a plataforma Our World in Data, da universidade de Oxford. A Itália imunizou 1,9 milhão, mas iniciou a campanha de imunização em 27 de dezembro, três semanas antes do Brasil. A Turquia, 8º colocado, aplicou 2,14 milhões de doses. Na América do Sul, o Brasil responde por 85% dos imunizados. Elogiados na imprensa, Argentina vacinou só 375 mil e o Chile, 66 mil. Só nove países vacinaram mais de 2 milhões. Os EUA lideram a lista com mais de 30,5 milhões, mas começou 33 dias antes do Brasil. Já são 99 milhões de imunizados em todo o mundo e uma média de mais de 4 milhões de vacinas por dia.
Na reforma prevista para este mês, após as eleições na Câmara e no Senado, o presidente Jair Bolsonaro tem uma certeza: Onyx Lorenzoni deixará o Ministério da Cidadania, mas seguirá em sua equipe de primeiro escalão, em pasta a ser definida. Deputado pelo DEM-RS, Onyx foi o primeiro apoio relevante a Bolsonaro em 2018, e a amizade se consolidou até que o presidente virou seu padrinho de casamento. O presidente não quer abrir mão de Onyx no seu ministério. O Ministério da Cidadania será desdobrado, mas continuará cuidando de programa sociais como Bolsa Família ou o sucedâneo Renda Brasil. As secretarias de Cultura e Esporte, vinculados à pasta de Lorenzoni, voltarão ao status de ministérios e estarão na mesa de negociações. Bolsonaro tem dificuldade de encaixar Davi Alcolumbre no ministério. A menos que seu sucessor, Rodrigo Pacheco, faça muita questão disso. Se pedir sugestão a Arthur Lira para pasta do Esporte, Bolsonaro ouvirá a resposta "deputada Celina Leão", ex-secretária no governo do DF.
Apesar do alto número absoluto (225 mil), proporcionalmente o Brasil é apenas o 27º em número de mortes por Covid, no mundo. Países ricos da Europa, como o Reino Unido e Itália (com cerca de 1,5 mil mortes por milhão de habitantes), têm 50% a mais de óbitos que o Brasil.
A eleição do Senado, realizada através voto na cédula de papel, foram 20 minutos para apurar a escolha dos 80 senadores presentes. Com voto eletrônico de quase 500 deputados na Câmara, o resultado foi imediato.
Ao contrário de Rodrigo Maia, o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comportou-se com a elegância que escasseou no caso do ex-presidente da Câmara, que se desesperou diante de iminente revés.
PT e MDB registraram o bloco de apoio a Baleia Rossi após o horário-limite. Apesar dos protestos dos aliados do concorrente Arthur Lira, o ex-presidente Rodrigo Maia aceitou o registro, ignorando o regimento.
Ao contrário da eleição de Davi Alcolumbre há dois anos, desta vez a senadora Kátia Abreu (PP-TO) não surrupiou pasta de documento e nem houve a frade evidenciada por votos enxertados na urna. Reinou a paz.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é o primeiro mineiro eleito presidente do Senado desde a redemocratização. Aos 44 anos, é o segundo mais jovem no cargo, atrás apenas do antecessor Davi Alcolumbre (DEM-MG).
Rodrigo Maia se apequenou à medida que se aproximava o fim de sua presidência na Câmara. Abandonou os deveres da isenção para se transformar em "líder da oposição ao governo". Virou um anão político.
Jair Bolsonaro se sentirá devedor do novo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), por longo período. A derrota imposta a Rodrigo Maia, seu inimigo, lavou e enxaguou a alma do presidente.
"Com toda franqueza? Me lixei" - Senador Jorge Kajuru (Cida-GO) sobre o fim da amizade de Davi Alcolumbre (DEM-AP).