A pandemia tem provocado queda na avaliação do presidente Jair Bolsonaro, mas afeta também a popularidade dos governadores, segundo Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas. "A segunda fase da pandemia fez mal a todos e não apenas ao presidente", explicou ele, afirmando que "caiu também a popularidade de todos os governadores", responsáveis por gerenciar o combate ao coronavírus por decisão do Supremo Tribunal Federal. Todos sofreram esse desgaste. João Doria, por exemplo, tenta desesperadamente "capitalizar" a vacina Coronavac, mas é 4º ou até 6º na corrida presidencial no próprio Estado. Eleito com a ajuda da jogada de marketing "Bolsodoria", o governador tucano de São Paulo não consegue encarnar o "anti-Bolsonaro". A avaliação da administração federal caiu de 50,2%, em dezembro, para 47,2% em janeiro, de acordo com levantamentos Paraná Pesquisa. Hidalgo avalia que as chances de reeleição de Bolsonaro dependem do fim da pandemia e da recuperação da economia, e seus custos sociais.
O avanço da vacinação pelo país em patamar milionário começa a surtir efeitos mais palpáveis nos números da pandemia e o Brasil teve ontem, segundo o Conass, 983 mortes decorrentes da covid-19. Apesar de ainda elevado, é o menor número dos últimos 63 dias. Com relação aos novos casos, o resultado de 24.619 é ainda mais promissor por ser o menor número de infecções confirmadas em 24h desde o dia 14 de fevereiro. O resultado desta segunda fez cair a média diária de óbitos para 2.364, cerca de 25% menor que a do início de abril, e a menor em 40 dias. Especialistas afirmam que efeitos da situação atual só são sentidos 15 dias depois. Por isso, a expectativa é de queda ainda mais acentuada. Abril terminou com 24,6 milhões de doses aplicadas, e em aceleração. Nos últimos oito dias, a média foi acima de um milhão de doses diárias.
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse ao "Canal Livre", da Band, que a CPI da covid está sendo superestimada. E acha que não era hora de instalar a comissão: "A pandemia ainda não acabou"
O relator deixou claro seu papel na CPI. O pai do governador de Alagoas disse que o objetivo "não é investigar possíveis desvios de recursos nos Estados e municípios". É o que prevê o ato de criação da CPI da covid.
Os deputados Junio Amaral (PSL-MG) e Cezinha Madureira (PSD-SP) participaram de audiência com o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) do carro, certamente a caminho de algo mais importante que o trabalho.
O deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) propôs usar 50% do saldo parado no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fustel) e ajudar no combate à pandemia. São quase R$11 bilhões.
Petroleiros e sindicalistas decidiram apoiar a invasão de um terreno da Petrobras por um grupo autointitulado "refugiados primeiro de maio", que diz lutar por moradia, vacina e contra a política de preços da estatal.
A empresa de telefonia Claro alardeia na TV, rádio e internet que é a operadora de celular com "o primeiro 5G do Brasil". Lorota. Nem sequer existe ainda essa tecnologia no País. É ficção, assim como o tal "4.5G".
"É preciso manter a racionalidade, inclusive na crítica" - Deputada Janaína Paschoal, sobre o que chamou de 'excessos' da CPI.