O presidente Jair Bolsonaro está convencido de que há uma trama para fraudar a eleição presidencial de 2022

Para o presidente, a única forma de impedir isso é a adoção do chamado "voto impresso", que garante a recontagem em seções de votação sob suspeita de fraude na apuração. Leia a opinião de Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
Publicado em 14/05/2021 às 11:23
Miranda afirmou ter levado ao próprio Bolsonaro denúncia sobre irregularidades na aquisição da vacina indiana Foto: ISAC NÓBREGA/PR


Bolsonaro e voto impresso

O presidente Jair Bolsonaro está convencido de que há uma trama para fraudar a eleição presidencial de 2022, incluindo pesquisas que considera suspeitas, e acha que a única forma de impedir isso é a adoção do chamado "voto impresso", que garante a recontagem em seções de votação sob suspeita de fraude na apuração. Um dos argumentos contrários à medida aponta para os custos da impressão do voto, estimados em R$2,5 bilhões em um período de dez anos. O "risco" de judicialização de votações é a principal alegação do ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, contra voto impresso. O voto impresso ganhou força na Câmara, com a instalação da comissão especial para proposta de emenda da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Em Maceió, diante de Bolsonaro, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (P-AL), fez a defesa do voto impresso. Para Arthur Lira, "o sistema de votação em urna eletrônica tem que ser passível de auditagem", defendendo transparência total na apuração.

Ritmo superior ao europeu

Depois de deixar o Reino Unido para trás no número total de doses de vacinas aplicadas na população, o Brasil começa a se aproximar da média de pessoas imunizadas nos países da União Europeia, incluindo Alemanha e França. Nos primeiros 125 dias, o bloco europeu já havia aplicado duas doses em cerca de 9% dos seus habitantes. Essa marca foi atingida pelo Brasil na quinta (13), 117º dia da campanha nacional. Com relação percentual de pessoas que receberam ao menos uma dose, a União Europeia leva vantagem. Foram 20% lá contra 18% no Brasil. Em números absolutos, o Brasil aplicou 56,5 milhões de doses até esta quinta. No mesmo período, a União Europeia aplicou 125,05 milhões.

Sextou

O senador Omar Aziz (PSD-AM) formulou votos de "bom fim de semana" às 16h desta quinta (13), ao encerrar a sessão da CPI da covid. No Congresso, sexta-feira continua sendo fim de semana.

Todas as letras

Ativismo e lacração não alteram o que disse à CPI Carlos Murillo, da Pfizer: o contrato só pôde ser assinado após o Brasil acatar a exigência de mudar a lei para blindar a empresa de ações judiciais.

Geografia

O senador Jean Paul (PT-RN) citou "noção de Direito" para dizer que a Justiça acataria ações contra a vacina, anulando a blindagem da Pfizer. Talvez ele não saiba que isso só poderia ser feito em Nova York.

Guerra química

A certa altura, o senador Omar Aziz soltou uma de suas pérolas, ontem, na CPI: "Com esse negócio de guerra química, nós achávamos que era a China atacando aqui". Se o sobrenome fosse Bolsonaro, virava notícia.

Recordar

Em Maceió, quando passou diante de um grupo de bandeiras vermelhas que protestavam contra ele, o presidente Jair Bolsonaro abriu um largo sorriso de ironia enquanto rodopiava o polegar direito no meio da palma da mão esquerda, símbolo nacional de denúncia de ladroagem.

Mensalão, 16

O Mensalão do governo Lula completa 16 anos em junho. O escândalo que apurou a compra de votos de parlamentares no Congresso com dinheiro público, rendeu a prisão de Zé Dirceu e vários outros figurões.

Frase

"Em busca de mais vacinas para todos os brasileiros" - Senador Oriovisto Guimarães, sobre o objetivo da comissão temporária da covid.

 

 

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