TCU vai reagir ao "toma lá, dá cá" após Aroldo Cedraz emplacar Daniel Maia na diretoria da ANP

Isso gerou a suspeita de que o processo de privatização da Eletrobras, do qual Cedraz é relator, será "agilizado". Daniel Maia é concunhado do polêmico advogado Tiago Cedraz, filho do ministro
Cláudio Humberto
Publicado em 16/03/2022 às 8:40
Aroldo Cedraz, ministro do TCU Foto: Divulgação/TCU


Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) devem reagir ao que chamam de "toma lá, dá cá". É que um deles, Aroldo Cedraz, emplacou Daniel Maia na diretoria da ANP, agência reguladora de petróleo que cuida de interesses bilionários. Isso gerou a suspeita de que o processo de privatização da Eletrobras, do qual Cedraz é relator, será "agilizado". Daniel Maia é concunhado do polêmico advogado Tiago Cedraz, filho do ministro. "Não queremos ser cúmplices disso", avisou um dos ministros. O TCU já destacou um pelotão de auditores para analisar o caso "e a tendência é que o tribunal expurgue alguns jabutis", disse outro ministro. Esses "jabutis" foram colocados no Congresso e se desconfia, segundo os ministros, que o relator no TCU os incorpore à privatização. Integrantes do TCU se sentem "usados", por terem sido convencidos a aprovar o valor da outorga que será paga pelos controladores da estatal. O "super-concunhado" Daniel Maia terá ainda de ser sabatinado no Senado para se habilitar a nomeação do presidente Jair Bolsonaro.

Brasileiros rejeitam as saidinhas

Enquanto a Justiça exercita o deboche de soltar criminosos de alta periculosidade, como fez esta semana
com Suzane Von Richthofen (matou os pais), Eliza Matsunaga (esquartejou o marido) e Anna Jatobá
(assassinou a enteada de 5 anos), pesquisa nacional do instituto Orbis para o site Diário do Poder revela a repulsa às "saidinhas temporárias": 59,1% são totalmente contra qualquer 'folga da cadeia' para bandidos. Pela pesquisa, 38,1% dos basileiros defendem o benefício apenas para pessoas que foram presas pela primeira vez e que não ofereçam risco. Apenas 2,8% dos 2.154 entrevistados disseram ser favoráveis às saidinhas, independentemente do perfil do preso beneficiado. Entre entrevistados de religiões da matriz africana, a rejeição total às saidinhas dispara para 75,1% que são totalmente contra o benefício.

Entre líderes

O ato de filiação de Marcela Passamani ao PL, nessa terça (15), marcou a reaproximação do presidente
Jair Bolsonaro com o governador Ibaneis Rocha (MDB). Ambos lideram intenções de voto no DF. Secretária de Justiça do DF, Marcela é amiga da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Plano frustrado

A rejeição à federação PSDB-MDB-União Brasil matou os planos de Eduardo Riedel, pré-candidato
tucano ao governo do Mato Grosso do Sul, de "sepultar" os principais adversários antes mesmo da eleição.

O jogo muda

Desarrumou expectativas em Alagoas a notícia de que JHC, o bem avaliado prefeito de Maceió, cogita
disputar o governo de Alagoas, contra a oligarquia dos Calheiros. JHC lidera as pesquisas para governador.

Voto, que é bom

O governador gaúcho Eduardo Leite (ainda no PSDB) é um fenômeno: soma no máximo 1% nas intenções de voto, mas tem tratamento de líder nas pesquisas. Ele deve assumir a candidatura presidencial do PSD.

Saída honrosa

Gilberto Kassab investe em Eduardo Leite porque sabe que o governador gaúcho busca uma saída honrosa da contingência de disputar a reeleição: os gaúchos cultivam a tradição de não reeleger governadores.

Só tucanos

Dos 19 governadores aptos a tentar a reeleição, apenas o paulista João Doria (PSDB) confirmou que não
será candidato. Todos os demais não sabem o que fazer ou esconderão o jogo até a data-limite.

Frase

"Nunca é usada para ministros do STF em constantes infrações" - Senador Lasier Martins sobre a lei do
impeachment e quase 100 pedidos engavetados

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