Crítica à polarização ignora a vontade do eleitor

Enquanto xingam o eleitor por polarizar a disputa, alguns pré-candidatos levam seus partidos à rota da extinção, como no caso do PSDB
Cláudio Humberto
Publicado em 13/06/2022 às 7:32
Bolsonaro e Lula lideram as pesquisas de intenção de voto para a Presidência neste ano Foto: MARCOS CORREA/PR E RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA


Pré-candidatos e defensores de candidaturas como a de Simone Tebet (MDB) insistem na crítica arrogante à polarização entre os dois principais candidatos a presidente. Na maior parte dos casos, é gente tentando explicar a própria escassez de votos, sem respeitar a opção de grande parte do eleitorado detectada nas pesquisas. É tendência nas maiores democracias, respeitável como expressão legítima de vontade do eleitor. Com um sexto dos votos do 2º nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT) não apontou culpados, mas chamou o fenômeno de "polarização odienta". Em Teutônia (RS), Eduardo Leite culpou a polarização pelos problemas do Estado. Não citou a incapacidade do seu governo de resolvê-los. Com 1% nas pesquisas, Tebet não reconhece a vontade do eleitor na polarização, para ela sinal de que "estamos doentes de corpo e alma". Enquanto xingam o eleitor por polarizar a disputa, alguns pré-candidatos levam seus partidos à rota da extinção, como no caso do PSDB.

Melhor prevenir

Antecipando a temporada de seca no DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a contratação de 150 brigadistas, por até seis meses, apara ajudar na prevenção e combate a focos de incêndio no Cerrado.

Combustíveis: crise poderia ser pior

O brasileiro tem sofrido muito com a alta de combustíveis, que impacta de sobremaneira toda a economia, mas a situação poderia sem bem pior, como nos EUA. Enquanto, no Brasil, a ANP verificou que o preço médio do litro da gasolina é de R$ 7,22, alta de 27,6% em relação a um ano atrás R$ 5,65, nos Estados Unidos, o preço médio do galão (3,78L) disparou 62,2%, saindo de US$ 3,07 para US$ 4,99 no mesmo período. Convertido para reais, o valor médio da gasolina nos EUA mais que dobrou em um ano, passando de R$ 4,12 para R$ 8,45. Alta de 105%. Com várias empresas na extração, refino, distribuição e postos, os EUA têm preços médios que variam 45%, algo impensável no Brasil atual. No Brasil, produtores de etanol ainda não podem vender o combustível a postos. A permissão da venda direta foi aprovada, mas não publicada.

Falta pouco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já mandou à secretaria, para publicação, o projeto que autoriza a venda direta de etanol aos postos. Só falta dar número à lei e mandar para o Diário Oficial e
promulgar.

Imagem fala

Ao posar para fotos com o presidente Jair Bolsonaro depois de mais de 30 minutos de conversa reservada, o sorridente presidente Joe Biden (EUA) desmontou lorota de que o Brasil está isolado no cenário global.

Atrás vem gente

Pelo andar da carruagem em corrida de F-1 e apesar de toda exposição, Simone Tebet (MDB) corre o risco de ser ultrapassada pelos rivais da casa de 1%: Luciano Bivar (União), Eymael (DC) e Pablo Marçal (Pros).

Sem processo

Presidente do PCO, Rui Costa Pimenta foi convocado a depor à PF no inquérito das fake news. O problema, diz, é que ele e os advogados não tiveram acesso aos autos do processo, que taxa de "anormal e ilegal".

Quem diria

O tucano Aécio Neves aparece nas pesquisas com cerca de 21% na disputa pelo Senado por MG, algo como 3,3 milhões de votos. Isso equivaleria a 2,2% do eleitorado nacional e o dobro do que a candidata
apoiada pelo PSDB para presidente tem registrado nos levantamentos.

Frase

"Quando você mistura ideologia com aritmética a coisa dá errado" Tarcísio de Freitas, candidato ao governo paulista, sobre o desastroso governo Dilma

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claudio humberto Coluna Política eleições 2022 polarização
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