Era aguardada nos meios jurídicos há meses a operação que teve como alvos oito importantes empresários brasileiros. Fontes do governo estão convencidas de que o suposto objetivo seria atingir os apoiadores de Jair Bolsonaro e até o procurador-geral Augusto Aras (foto), cuja atuação tem irritado setores de oposição. Aras seria uma das pessoas do grupo de whatsapp sob “monitoramento”. Se foi isso mesmo, Aras frustrou as expectativas porque apenas trocou mensagens sobre assuntos triviais.
O procurador-geral tratou, em suas mensagens, de temas como dicas de livros, vinhos etc, ainda assim ocasionalmente.
A operação tem sido objeto de protestos de entidades empresariais e seccionais independentes da OAB, cuja direção nacional se omitiu.
O presidente da OAB-RS, Leonardo Lamachia, cobrou da OAB nacional coerência com a “Carta” em defesa da democracia.
Aula do ministro
O ministro aposentado Marco Aurélio achou a operação “um atentado à liberdade de expressão” e ensinou que não há crime de “cogitação”.
A decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, de proibir campanha dos 200 anos de independência do Brasil, por considerar o verde e amarelo como cores de uma ideologia política e não da Nação, trazia junto a sugestão de fazer a comemoração do 7 de Setembro só em novembro. O ministro voltou atrás, mas lembrou muito governadores e prefeitos que mudaram datas festivas na pandemia.
Moraes foi arrebatado pelo bom senso e recuou nessa polêmica, autorizando as comemorações do bicentenário no dia correto.
Comemorar a independência em novembro poderia conflitar com a Proclamação da República. Ou com o hexa que virá no Catar.
Durante a pandemia, governadores e prefeitos resolveram trocar o carnaval e até desfiles de escolas de samba de fevereiro para abril.
Chamar o agronegócio de “fascista e direitista” não pegou bem para o petista Lula. Mas nas manchetes teve o mesmo destino de “fábrica de veados”, “bater em mulher”, “grelo duro”, “STF acovardado” etc., etc.
Presidente do PSD, Gilberto Kassab garantiu à revista IstoÉ que seu partido não vai integrar o governo, independente do resultado da disputa pelo Planalto. Ele diz que não há “essa cobiça por cargos”. Anrã.
Estudo do FMI assinado pelo diretor Ilan Goldfajn, que foi presidente do Banco Central de Michel Temer, aponta que economias latinas, incluindo o Brasil, estão de volta ao nível pré-pandemia. A exceção é o México.
A jornalista Ana Paula Henkel, que fez sucesso no vôlei e hoje bomba na TV, ironizou a apresentadora do JN Renata Vasconcelos, chamando-a de “levantadora” com suas perguntas de tiete para Lula.
O cientista político Paulo Kramer observa que a imprensa tradicional estava habituada a ditar sua versão sem vozes dissonantes. “Cartas pela democracia e bolsonarismo representam a pluralidade de ideias com a qual o Brasil não estava familiarizado a lidar”, diz ele.
Levantamento da Provu, fintech que atua com crédito pessoal e meios de pagamento, revelou que 40,2% dos empréstimos solicitados no DF em julho tinham como justificativa abrir um negócio ou investir nele
Além de coordenador de campanha de Lula (PT), Randolfe Rodrigues (Rede) é também presidente da “comissão curadora do Senado” para preparar as celebrações do Bicentenário da Independência do Brasil.
Bolsonaro quer priorizar a Transnordestina. Se concluir, será um feito: as obras da ferrovia idealizada em 1997, no primeiro governo FHC, estavam paradas já havia três anos antes de serem retomadas no atual governo.
Se a disputa PT x PSDB acabava em cerveja, como admitiu Lula, o que acontecia no escondidinho dos tempos de sindicalista?
Deus sem votos
Roger Levy disputou em São Paulo uma vaga na Câmara dos Deputados, nos anos 1980, quando o general João Figueiredo acabava de assumir a presidência da República. Levy teve um desempenho pífio, três mil votos. “Mas me sinto Deus”, disse a um jornalista. Por quê? “Ora, Figueiredo foi eleito com 300 votos, o papa com 100 votos. Com três mil, eu me sinto Deus!”
“Jamais passaria na sabatina no Senado”
Presidente Bolsonaro sobre Sérgio Moro buscar indicação ao Supremo Tribunal Federal