Justiça reduz urnas e cria confusão no exterior

Confira os destaques da coluna
Cláudio Humberto
Publicado em 20/09/2022 às 6:00
Veja o que a campanha de Bolsonaro teria tratado sobre as urnas Foto: WELINGTON LIMA/JC IMAGEM


A mesquinharia da justiça eleitoral vem colocando em risco o exercício do direito ao voto para brasileiros que residem no exterior. Apesar do aumento de 40% no eleitorado lá fora, que passou de 501 mil para 697 mil, adotou a ideia de jerico de reduzir quase à metade o número de urnas, alegando “economicidade”. Em vez de 400, serão 800 votantes por seção. A redução das urnas e mudanças de locais de votação têm deixado eleitores literalmente perdidos sobre para onde devem ir. Serão 989 urnas instaladas em 159 cidades de 98 países. Roraima, que tem metade dos eleitores, terá cerca de 1.140 urnas. Dados oficiais sobre Roraima, que tem 0,23% do eleitorado do país, mostram que nenhuma das seções eleitorais tem mais de 400 eleitores. A dificuldade imposta pela justiça eleitoral leva eleitores a se organizar para viagens caras de avião ou cansativas, mais de 4h, de carro. Se falta dinheiro para ajudar eleitor sobra para regalias e gratificações a servidores da Justiça Eleitoral fazerem o trabalho pelo qual já são pagos.

Campanha petista no DF dá sinais de desânimo

Aliado de Geraldo Magela, petista histórico no DF, cuja candidatura a governador defendia e foi derrotado, o ex-deputado Ricardo Vale dá o tom do desânimo na campanha do candidato do PV “adotado” pelo PT. Vale tem participado de eventos de campanha e posado para fotos ao lado do presidente da Câmara Legislativa do DF, Rafael Prudente (MDB), candidato à deputado federal e fiel aliado do governador Ibaneis Rocha. Entre correligionários, Vale já ganhou o apelido de "petista do Ibaneis”, que lidera as intenções de voto no Distrito Federal. Ricardo Vale é figura de proa no PT-DF e irmão do presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Paulo Tadeu, outro petista histórico. Amigos afirmam que, quando questionado sobre sua atitude, ele é contundente, afirmando que não dispensa votos.

Tá sobrando

Ricos do Brasil “investem” pesado na eleição. O campeão é Rubens Ometto, da distribuidora Raízen, com R$5,75 milhões doados, mas há mais de 20 que deram ao menos R$1 milhão a partidos.

Ora, a ‘margem de erro’

Datafolha e Ibope da última semana de setembro de 2018 apostavam que Bolsonaro teria 28% no 1º turno. O erro dos institutos correspondeu a dez vezes a margem de erro. Na sequência, o Ibope mudou de nome.

Censura, censura

Difícil cravar, sem margem de erro, o que mais irritou a oposição, inclusive na mídia: o improviso de Bolsonaro na porta da embaixada em Londres ou as imagens da primeira-dama bonita e bem-vestida.

Ativistas da censura

Site da campanha do PT, que diz “combater fake news” clamando por censurar conteúdos nas redes sociais, tem apenas 1,8 mil membros no Telegram. E seis grupos de Whatsapp.

Fala o que quer...

Candidato petista ao governo de Santa Catarina, Décio Lima disse que o Estado avançou por causa dos governos Lula e Dilma. Foi rebatido nas redes sociais: “avançou porque nunca teve um governador do PT”.

Disputa de vices

O vice de Lula Geraldo Alckmin acumula um milhão de seguidores no Twitter, 995 mil no Facebook e 202 mil no Instagram, mais que o vice de Bolsonaro Braga Netto: 133 mil no Twitter e apenas 6 mil no Instagram.

Só notícia boa

Antes mesmo da nova redução de R$0,30 anunciado pela Petrobras, o diesel registrou queda de 3% na bomba. Segundo dados da TicketLog da primeira quinzena de setembro, o preço médio caiu para R$7,18.

Norte apertado

Segundo a média da Potencial Inteligência para o Diário do Poder, a região mais disputada entre Lula e Bolsonaro é o Norte, onde o petista tem, esta semana, 41,3% da preferência contra 39,1% de Bolsonaro.

Pensando bem...

...ao cobrar multa milionária de Lula, a Receita vai acabar fazendo o STF transformar sonegação fiscal em matéria “constitucional”.

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